4 comunicadores, 4 especialistas, 4 temas - Economia, Sociedade, Política e Ciência -, todas as semanas no [IN] Pertinente. Um confronto bem disposto entre a curiosidade e o saber. Porque quando há factos, há argumentos. [IN] Pertinente é um podcast da Fundação Francisco Manuel dos Santos que pretende dar respostas às perguntas de todos, contribuindo para uma sociedade mais informada. Voz: Isabel Abreu; Banda Sonora: Fred Pinto Ferreira
Em 2024, o [IN]Pertinente Sociedade não teve mãos a medir: o anfitrião Hugo van der Ding recebeu nada mais, nada menos, que três especialistas das áreas da Psicologia Social e Cognitivo-Comportamental.
Sibila Marques, Ana Moniz e Isabel Rocha Pinto trouxeram para o estúdio temas incontornáveis do nosso tempo: os desafios da longevidade, a ditadura da felicidade, o perfecionismo, a violência e a desinformação, entre muitos outros.
Fazer uma escolha dos melhores seria deveras complicado para o comunicador, razão pela qual desafiámos Rui Maria Pêgo a sair da Ciência para recomendar o seu best of da Sociedade do ano que passou.
Venha ouvir.
LINKS ÚTEIS
A ditadura da felicidade
Quando o trabalho se torna tóxico
Onde nos leva o extremismo?
Longevidade é o futuro
Todos os episódios
BIOS
HUGO VAN DER DING
Nasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.
ISABEL ROCHA PINTO
Psicóloga social, diretora do Laboratório de Psicologia Social e professora associada na Universidade do Porto. É investigadora no Centro de Psicologia da Universidade do Porto.Os seus principais interesses de investigação focam-se nas consequências sociais do crime (nomeadamente económico e de ódio), da adesão a extremismos e radicalização social.
ANA MONIZ
Psicoterapeuta de adultos e adolescentes, e professora convidada na Nova SBE. É executive e team coach, certificada pela ACTIVISION, formadora na Associação Portuguesa de Terapias Cognitivas, Comportamentais e Integrativas, atuando também em contexto organizacional nas áreas comportamentais.
SIBILA MARQUES
Professora auxiliar no ISCTE-IUL e membro integrado do Centro de Investigação e de Intervenção Social (CIS-IUL). É diretora do Mestrado em Psicologia Social da Saúde no ISCTE. Tem desenvolvido os seus trabalhos principalmente em duas áreas: Psicologia do Ambiente e Psicologia do Envelhecimento.
RUI MARIA PÊGO
Tem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.
Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.
O ano que passou trouxe a Macroeconomia aos microfones do [IN]Pertinente.
Conhecido por ser complexo, este tema tornou-se acessível pela mão do economista José Alberto Ferreira, guiado pela radialista Mariana Alvim.
Na verdade, depois de os ouvir, parece que a macroeconomia está um pouco por toda a parte: das decisões que tomamos, aos fundos europeus, ou à importância que os Bancos (comerciais e reguladores) têm nas nossas vidas.
Escolher as melhores conversas seria difícil para Mariana Alvim, daí que tenhamos pedido ao humorista Manuel Cardoso para largar a Política e escrutinar os 12 episódios em busca dos seus preferidos.
LINKS ÚTEIS
Pequenas coisas com grande impacto
Capital intangível
Pode haver ganhos com a fuga de talento?
Vamos ao Banco
Todos os episódios
BIOS
MARIANA ALVIM
Locutora da rádio RFM há 15 anos. Depois de quase 10 a fazer o «Café da Manhã», agora leva os ouvintes a casa, com Pedro Fernandes, no «6PM». É autora de livros para adolescentes e criou o podcast «Vale a Pena», no qual entrevista artistas enquanto leitores.
JOSÉ ALBERTO FERREIRA
Doutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial.
MANUEL CARDOSO
É humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021.
Em 2024, o [IN]Pertinente trouxe para a temporada de Ciência um dos temas que não pára de nos fascinar: o cérebro. A especialista Luísa Lopes fez as honras do conhecimento, acompanhada pela simpatia e curiosidade natural do Rui Maria Pêgo.
A dupla falou sobre o sono, a memória, o cérebro dos psicopatas e também sobre o dos animais. Os assuntos foram tão variados, que pedimos à radialista Mariana Alvim, também ela fã deste tema, que deixasse a área da Economia e escolhesse os seus quatro episódios preferidos.
Será que escolheu o episódio dos psicopatas? Ou preferiu o do cérebro dos animais? Só ouvindo, saberá.
LINKS ÚTEIS
As escolhas de Mariana Alvim
Alimentos para o cérebro
As fascinantes capacidades do cérebro
Terapias alternativas
O cérebro em curto-circuito
Todos os episódios
BIOS
RUI MARIA PÊGO
Tem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.
Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.
LUÍSA LOPES
Neurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada de Neurociências na Faculdade de Medicina de Lisboa. É licenciada em Bioquímica e doutorada em Neurociências pela na Faculdade de Ciências de Lisboa.
MARIANA ALVIM
Locutora da rádio RFM há 15 anos. Depois de quase 10 a fazer o «Café da Manhã», agora leva os ouvintes a casa, com Pedro Fernandes, no «6PM». É autora de livros para adolescentes e criou o podcast «Vale a Pena», no qual entrevista artistas enquanto leitores.
O [IN]Pertinente Política entrou por caminhos verdadeiramente inusitados em 2024: quem diria que há política no ócio, nos direitos dos animais ou até na felicidade?
Mas, ao longo do ano, falou-se também de temas clássicos, como as quatro principais ideologias políticas, de democracia e de religião, das cinco décadas da Revolução de Abril e do fim do «fim da História».
Foram 12 episódios em que o conhecimento do João Pereira Coutinho, misturado com o sentido de humor do Manuel Cardoso, fizeram a dupla perfeita.
Quais os melhores? Difícil dizer, em causa própria. Daí que tenhamos convidado o cartunista Hugo van der Ding a sair, por momentos, da dupla de Sociedade para fazer as suas escolhas do ano, no terreno da Política.
Recorde os melhores momentos deste ano.
LINKS ÚTEIS:
As escolhas de Hugo van der Ding:
Ideologias de A a Z
A ética da guerra
Democracia: o Estado a que chegámos
Política e religião
Todos os episódios
BIOS:
MANUEL CARDOSO
É humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021
JOÃO PEREIRA COUTINHO
Professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil.
HUGO VAN DER DING
Nasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.
«As pessoas acham que são imunes à propaganda.» Assim o diz a psicóloga social Isabel Rocha Pinto neste último episódio da Sociedade desta temporada 4 do [IN] Pertinente.
Parece ser factual esta falta de consciência da maioria da população relativa não apenas à propaganda como também relativamente à desinformação e à sabotagem. Porém, continuam a estar na ordem dia. E, ao que parece, com maior pujança.
O que é que as distingue? E, como devemos enfrentar a desinformação e nos tornarmos conscientes da propaganda?
Isabel e Hugo van der Ding vão levar-nos pela História para dar a conhecer como estes mecanismos foram atravessando várias épocas, servindo guerras e ditadores, fomentando o caos ou o medo, privilegiando grupos. Vão falar da importância dos diferentes meios de comunicação até chegar à guerra cibernética dos dias de hoje, à perversão das redes sociais ou à falta de controlo da Inteligência Artificial.
Haverá formas de prevenção ou estaremos irremediavelmente ‘condenados’ a viver na desinformação, permeáveis à propaganda e à sabotagem?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Artigo científico
Pennycook, G., & Rand, D. G. (2021). The psychology of fake news. Trends in Cognitive Sciences, 25(5), 388-402.
Livros
Da Empoli, G. (2023). Os engenheiros do caos. Gradiva.
Greifeneder, R., Jaffé, M. E., Newman, E. J., & Schwartz, N. (2021). The Psychology of Fake News: Accepting, Sharing,and Correcting Misinformation. Routledge.
Guriev, S. & Treisman, D. (2023). Spin dictators: The changing face of tyranny in the 21st century. Princeton University Press.
Orwell, G. (1949/2019). 1984. Publicações Dom Quixote.
Documentários
«The social dilema/ O dilema das redes sociais». Documentário Netflix
«Nada é privado: O escândalo da Cambridge Analytica». Documentário Netflix
«War on truth». BBC
Site que compila vários documentários sobre desinformação, propaganda e sabotagem
Jogo
Fake it to make it
BIOS
HUGO VAN DER DING
Nasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.
ISABEL ROCHA PINTO
Psicóloga social, diretora do Laboratório de Psicologia Social e professora associada na Universidade do Porto. É investigadora no Centro de Psicologia da Universidade do Porto.Os seus principais interesses de investigação focam-se nas consequências sociais do crime (nomeadamente económico e de ódio), da adesão a extremismos e radicalização social.
No episódio anterior, Mariana Alvim e o economista José Alberto Ferreira acompanharam-nos numa visita guiada aos bancos. Compreendemos a sua interdependência e a forma como se ajudam uns aos outros, neste negócio de emprestar dinheiro a longo prazo garantindo um nível mínimo de liquidez a curto prazo, que vive na base da confiança.
Neste episódio, que será o último desta temporada, a dupla vai abanar o setor financeiro e falar de como e quando um banco entra em apuros.
O que significa a falência de um banco? E que semelhanças tem com a de uma empresa?
Quando um banco entra em falência, para além dos impactos no setor financeiro, pode haver consequências na Economia como um todo.
E para nós, cidadãos comuns, o que é que isto significa?
Estaremos sempre à mercê do que acontece aos bancos, sem possibilidade de nos defendermos e sem podermos intervir? Verá que não: todos temos um papel muito mais ativo do que geralmente pensamos.
Referências e links úteis
Artigos científicos e livros:
Bail-in ou bail-out: quem salva os bancos?
Philippon, T., & Salord, A. (2017). Bail-ins and bank resolution in Europe: A progress report (Geneva Reports on the World Economy Special Report 4). ICMB and CEPR.
Sobre as consequências económicas da falência do BES para o tecido empresarial português:
Beck, T., Da-Rocha-Lopes, S., & Silva, A. F. (2021). Sharing the pain? Credit supply and real effects of bank bail-ins. Review of Financial Studies, 34(4), 1747–1781
Outros links úteis:
As falências bancárias em perspetiva histórica (nos EUA)
O que é a União Bancária? (pela Vice-Governadora do Banco de España)
O Mecanismo Único de Resolução
Como funciona a garantia de depósitos?
Filmes sobre a dinâmica da crise de 2008:
The Big Short (2015)
BIOS
MARIANA ALVIM
Locutora da rádio RFM há 15 anos. Depois de quase 10 a fazer o «Café da Manhã», agora leva os ouvintes a casa, com Pedro Fernandes, no «6PM». É autora de livros para adolescentes e criou o podcast «Vale a Pena», no qual entrevista artistas enquanto leitores.
JOSÉ ALBERTO FERREIRA
Doutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial.
Pessoas que estando vivas têm a certeza de que estão mortas.
Outras que não reconhecem um braço ou uma perna como seus.
Ainda outras que vêem quem os rodeia como ‘sósias’ de si mesmo.
Ou indivíduos que depois de um acidente, falam com pronúncia estrangeira.
Está preparado? A temporada quatro de Ciência não pode terminar sem um dos lados mais fascinantes da Neurociência: como é que o cérebro reage quando acontecem lesões.
A neurocientista Luísa Lopes e o comunicador Rui Maria Pêgo vão falar de vários casos emblemáticos: o paciente HM, de Phineas Gage, dos Síndromas de Capgrass, Cotard, Ekbom e Alice no Pais das Maravilhas, de Prosopagnosia e de Paramnésia Reduplicativa.
Não se assuste, são lesões raras e que apenas acontecem em casos de acidentes graves.
Todos os exemplos atrás descritos estão documentados; ainda existem mais, alguns passíveis de regressão outros apenas com possibilidade de serem atenuados com fármacos ou terapia.
Haverá um lado «simpático» nestes curto-circuitos do cérebro? Sim. Como diz a especialista, muitos deles serviram para compreender a importância de certas zonas do cérebro, e qual o papel de lesões na compreensão dos circuitos e áreas cerebrais, mesmo se muitos anos depois.
Não perca este último episódio do [IN]Pertinente Ciência 2024.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Livros:
«O erro de Descartes», de António Damásio
«Permanent Present Tense: The Man with No Memory, and What He Taught the World», de Suzanne Corkin
«De Profundis, Valsa Lenta», de José Cardoso Pires
«O Ano Sabático», de João Tordo
Artigo:
«Teaching rare unusual syndromes»
Documentários, filmes e séries:
«Memory Hackers» (2016, National Geographic)
«Faces in the Crowd» (2011)
«The Broken» (2008)
«Eternal Sunshine of the Spotless Mind» (2004)
«Nip/Tuck» (2003)
BIOS:
RUI MARIA PÊGO
Tem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.
Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.
LUÍSA LOPES
Neurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada de Neurociências na Faculdade de Medicina de Lisboa. É licenciada em Bioquímica e doutorada em Neurociências pela na Faculdade de Ciências de Lisboa.
Em época natalícia, o politólogo João Pereira Coutinho e o humorista Manuel Cardoso reúnem-se para falar de política e religião.
Neste episódio, trazem-nos conceitos da teoria política e exploram as razões por trás do declínio da influência da religião no Ocidente.
Falam depois da relação entre a fé e a democracia: poderá este regime político conviver com a religião? Alexis de Tocqueville, pensador político e historiador francês do século XIX, defendia que sim, mas estaremos hoje a ficar menos democratas e mais próximos do fanatismo religioso?
Mas a dupla vai falar também desta realidade em Portugal. Viaja pelo calor da Primeira República anticlerical e urbana num país fortemente católico e discute a ambiguidade tática de Salazar, com o seu lema ‘Deus, Pátria e Família’.
Chegaremos, por fim, à atualidade e às recentes decisões relacionadas com a interrupção voluntária da gravidez, a eutanásia ou o tão falado palco das Jornadas Mundiais da Juventude.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Bibliografia:
Aron, Raymond, «L'opium des intellectuels» (Fayard)
Cruz, Manuel Braga Da, «Os Católicos, a Sociedade e o Estado» (UCP)
Dusenbury, David Lloyd, «The Innocence of Pontius Pilate» (C. Hurst)
Lilla, Mark, «The Stillborn God: Religion, Politics and the Modern West» (First Vintage)
Lindsay, A.D., «The Modern Democratic State» (Oxford University Press)
Tocqueville, Alexis De, «Da Democracia na América» (Relógio D’Água)
Filmes:
«Um Homem para a Eternidade», de Fred Zinnemann (1966)
«Persépolis», de Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi (2007)
BIOS
MANUEL CARDOSO
É humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021
JOÃO PEREIRA COUTINHO
Professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil.
Os discursos de ódio estão na ordem do dia, parecem ressurgir um pouco por todo o mundo, dividindo as pessoas, acentuando a discriminação.
O que é o ódio coletivo? Quais são os rastilhos que o propagam? Que processos psicológicos lhe estão subjacentes?
A psicóloga social Isabel Rocha Pinto e o comunicador Hugo van der Ding levam-nos às profundezas do ódio, descrevendo os processos psicossociais associados e chamando a atenção para as consequências históricas do ódio coletivo.
Nunca é demais relembrar o seu efeito pernicioso: veja-se o Holocausto ou os linchamentos raciais nos Estados Unidos perpetrados pelo Ku Klux Klan.
Numa altura em que se assiste à disseminação e legitimação de discursos de ódio coletivo, importa lembrar as consequências desastrosas que pode gerar, para que a história não se repita.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Artigo disseminação:
Pinto, I. R., Carvalho, C. L, Magalhães, M., Alves, S., Bernardo, M., Lopes, P. & Carvalho, C. (2023). «Understanding the rise in online hate speech in Portugal and Spain: a gap between occurrence and reporting». The Social Observatory: Fundação La Caixa.
Livros:
Allerfeldt, K. (2024). «Ku Klux Klan: Uma História Americana». Tradução Rui Elias. Casa das Letras.
Di Fátima, B. (Org. 2024). «Online hate speech trilogy». Labcom, Comunicação e Artes.
Solano Gallego, E. (Org., 2018). «O ódio como política: a reinvenção das direitas no Brasil». Boitempo Editorial.
Strossen, N. (2018). «HATE: Why we should resist it with free speech, not censorship (inalienable rights)». Oxford University Press
Documentários:
«Hitler e os Nazis: O Mal no Banco dos Réus» (série documental Netflix)
«Our Boys » (série documental HBO)
«America after Charleston» (documentário PBS)
BIOS
HUGO VAN DER DING
Nasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.
ISABEL ROCHA PINTO
Psicóloga social, diretora do Laboratório de Psicologia Social e professora associada na Universidade do Porto. É investigadora no Centro de Psicologia da Universidade do Porto.Os seus principais interesses de investigação focam-se nas consequências sociais do crime (nomeadamente económico e de ódio), da adesão a extremismos e radicalização social.
Qual é a importância dos bancos no ecossistema de uma sociedade?
O economista José Alberto Ferreira responde: os bancos nasceram com o objetivo de democratizar o acesso a financiamento, e para permitir que possamos receber os nossos salários num lugar seguro, em vez de sermos pagos em malas de euros ou barras de ouro. Porém, pela enorme influência que têm na Economia, os bancos encontram-se por vezes envolvidos em situações polémicas.
Como explica o especialista, os bancos são empresas especiais, com um modelo de negócio peculiar: comprar dinheiro a curto prazo para poder emprestá-lo a longo prazo, apoiando a iniciativa privada, ajudando a economia a crescer, e cidadãos a comprar casa, entre muitas outras funções que ficará a conhecer neste episódio.
Este modelo acarreta algum grau de fragilidade: os bancos vivem da circulação de dinheiro e da confiança; em momentos de crise, quando a confiança se perde e o pânico impera, a corrida para levantamento dos depósitos pode descapitalizar um banco.
É nessa altura que se observa uma outra característica do sector bancário: as instituições que dele fazem parte são interdependentes e emprestam (muito!) dinheiro umas às outras. Sendo os governos parte integrante deste setor, em que situações pode justificar-se a intervenção do Estado para ajudar um banco?
O economista vai dar a conhecer diferentes tipos de bancos, desde os comerciais aos de investimento, passando pelas fintech, pelos bancos de fomento, e também a nova tendência: os bancos digitais. Nesta ida ao banco, a comunicadora Mariana Alvim tentará compreender melhor a influência e a relevância que estes têm nas nossas vidas.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Artigos científicos e livros:
Brunnermeier, M. K., & Reis, R. (2023). «A crash course on crises: Macroeconomic concepts for run-ups, collapses, and recoveries». Princeton University Press.
Reis, R. (2020). «Do FMI à pandemia: Portugal entre crises». Relógio D'Água (capítulos 2 e 3)
Diamond, D. W., & Dybvig, P. H. (1983). «Bank runs, deposit insurance, and liquidity». Journal of Political Economy, 91(3), 401-419.
Diamond, D. W., & Rajan, R. G. (2001). «Liquidity risk, liquidity creation, and financial fragility: A theory of banking». Journal of Political Economy, 109(2), 287–327.
Ashcraft, A B (2005). «Are banks really special? New evidence from the FDIC-induced failure of healthy banks». The American Economic Review 95(5): 1712–1730.
Links úteis:
Sobre risco sistémico: o caso do BPN (Jornal de Negócios)
Entrevista (de vida e de obra) a Ben Bernanke, Nobel da Economia 2022
BIOS
MARIANA ALVIM
Locutora da rádio RFM há 15 anos. Depois de quase 10 a fazer o «Café da Manhã», agora leva os ouvintes a casa, com Pedro Fernandes, no «6PM». É autora de livros para adolescentes e criou o podcast «Vale a Pena», no qual entrevista artistas enquanto leitores.
JOSÉ ALBERTO FERREIRA
Doutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial.
Hipnose, terapias regressivas, canabinóides, LSD, ketamina, psilocibina, ayahuasca, anfetaminas…
Não, este episódio não é um regresso (ou uma ‘trip’) aos anos 60: é uma viagem factual aos efeitos destas substâncias no contexto terapêutico, que voltaram a estar na ordem do dia, e agora por melhores razões.
Demonizados durante décadas, os psicadélicos estão, neste momento, a ser objeto de estudo profundo, como formas de mitigar eficazmente as chamadas depressões «major» ou como adjuvantes da psicoterapia, para que se obtenham resultados mais rápidos e eficazes.
A neurocientista Luísa Lopes vai explicar onde e como atuam no cérebro, e a razão para deverem ser sempre administrados com acompanhamento médico: é que não existe um efeito comum a todos os seres humanos, ou seja, estas substâncias dependem do contexto físico e psíquico de cada um.
Mas Rui Maria Pêgo quis saber mais: fascinado pelas terapias regressivas e pela hipnose, questionou a especialista sobre a sua validade, os seus efeitos ao nível cerebral, e ainda quis conhecer melhor o Dr. Placebo.
Conhece o Dr. Placebo? Será mais um que teremos todo o gosto em lhe apresentar.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Livros:
Teresa Mota, «Admirável placebo» (Caminhos de Pax, 2013)
Seybert, C., Cotovio, G., Madeira, L. et al. «Psychedelic treatments for mental health conditions pose challenges for informed consent». Nat Med 29, 2167–2170 (2023)
Artigos:
«A mente como medicamento?», de Luísa Lopes (Público)
«Do Psychadelics have a role in psychiatrics?», de Walter S. Dunn (UCLA Health)
BIOS
RUI MARIA PÊGO
Tem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.
Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.
LUÍSA LOPES
Neurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada de Neurociências na Faculdade de Medicina de Lisboa. É licenciada em Bioquímica e doutorada em Neurociências pela na Faculdade de Ciências de Lisboa.
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