A Beleza das Pequenas Coisas

Expresso

Conversas conduzidas por Bernardo Mendonça com as mais variadas personagens que contam histórias maiores do que a vida. Ou tão simples como ela pode ser

  • 1 hour 10 minutes
    Ana Markl (parte 2): “A síndrome do impostor é uma espécie de vigilante que me impede de cair num dos piores medos que é ser vaidosa, ridícula, cagona”

    Nesta segunda parte da conversa em podcast, a radialista, autora e apresentadora Ana Markl fala de como lida com a síndrome do impostor, e de como aprendeu com a terapeuta que esse sentimento até pode ser um aliado para não se deixar levar pela fogueira das vaidades. E revela aqui os desafios da perimenopausa, algo que não esperava tão cedo, e como pode ser libertadora. Conta ainda de como a maternidade a levou à terapia há 5 anos, um lugar de escuta e autoanálise que passou a ser para si fundamental. Ana fala ainda de como a sexualidade pode melhorar com a idade e ainda nos dá música e lê um excerto do livro “Outra Autobiografia”, de Rita Lee. Boas escutas!

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    22 February 2025, 6:00 am
  • 1 hour 8 minutes
    Ana Markl (parte 1): “Temo que o meu filho não cresça em liberdade e não seja feminista. Ser-se misógino tornou-se apelativo. Isso assusta-me”

    Durante 8 anos, Ana Markl foi uma das vozes das manhãs da Antena 3, mas saiu do ar por vontade própria, para ser dona do seu tempo e dedicar-se mais à escrita e ao filho. Atualmente podem ouvi-la a falar de sexualidade, amores e desamores no podcast “Voz de Cama”, ao lado da sexóloga Tânia Graça. Em breve irá publicar um livro que parte dos diários de adolescente e lançar-se à escrita de uma peça de teatro para o público mais jovem. Mas apesar do malabarismo de ser agora freelancer, deixa claro que não quer seguir o exemplo do pai, que vivia obcecado com o trabalho. Ana quer ‘matar-se a viver’, com qualidade e prazer. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça.

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    21 February 2025, 11:53 am
  • 1 hour 5 minutes
    João Costa (parte 2): “Gosto de me relacionar com as pessoas pelo humor e de me rir das minhas pancadas para descomprimir. Levamo-nos demasiado a sério”

    Nesta segunda parte da conversa em podcast, o antigo ministro da Educação e atual diretor da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva, João Costa, aponta os possíveis antídotos para acabar com os populismos num mundo que por vezes parece virado contra as pessoas, comenta o risco da polarização política influenciar os currículos escolares e universidades, em temas como a História, Direitos Humanos e a Ciência. Depois dá conta da importância do humor na relação com os outros e até consigo, do talento para a cozinha, em especial para fazer doces conventuais e para ler na praia nas posições mais inesperadas. E ainda nos dá música, lê um poema de Nuno Júdice e partilha outras sugestões literárias e culturais. Boas escutas!

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    15 February 2025, 8:00 am
  • 1 hour 15 minutes
    João Costa (parte 1): “Deixemos as crianças em paz para serem o que são. E não deixemos em paz todos os que promovem o ódio e o bullying”

    Linguista e antigo diretor da Universidade Nova de Lisboa, foi ministro da Educação no último governo de Costa. Uma fase “dura”, a enfrentar muitas greves dos professores, que não deixou saudades. “Nunca pus em causa a legitimidade do que os professores pediam. O pior dia enquanto ministro terá sido quando a minha mãe foi insultada por ser filho dela. Aí pensei bater com a porta.” No final do ano passado publicou o livro “Manifesto pelas Identidades e Famílias - Portugal Plural”, como um desabafo para desmontar as “falácias” dos supostos ataques à “família tradicional”. Quanto a isso, o atual diretor da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva, fala do poder da educação e da arte, como defesa da liberdade, da diversidade e dos direitos fundamentais. E revela pela primeira vez a depressão crónica que sofre desde cedo, invisível aos outros, diagnosticada há 7 anos, e a resistência interna que teve de vencer até pedir ajuda. “É um quadro solitário, porque há estigma, não se fala.” Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça

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    14 February 2025, 11:32 am
  • 1 hour 5 minutes
    Samuel Úria (parte 2): “A vida dá-me na cabeça e a religião ensina-me a responsabilidade de fazer com que a vida dos outros seja melhor”

    Nesta segunda parte da conversa em podcast, o músico, cantor e compositor Samuel Úria fala da sua relação com a falha, a forma como isso o aproxima dos outros e conta como a religião e a fé o têm ajudado na música e na vida, como um super poder. Úria partilha ainda as músicas que o acompanham, lê maravilhosamente bem o poema “Um adeus português”, de Alexandre O´Neill (título tomado para uma das canções do seu último disco) e junta algumas sugestões culturais. E, lá para o final, dá conta de como para si não há prazeres culpados na música, e trauteia Juan Luís Guerra a revelar um pouco do projeto futuro que irá lançar com B. Fachada. Boas escutas!

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    8 February 2025, 8:00 am
  • 1 hour 15 minutes
    Samuel Úria (parte 1): “Andamos para trás e de forma atroz. A música pode ajudar-nos. Ela congrega, amacia corações, enquanto escancara ouvidos”

    Ele é um dos grandes trovadores do nosso país. As suas letras são tão preciosas que deveriam ser ensinadas nas escolas como, noutra geração, as de Sérgio Godinho, José Mário Branco ou Zeca Afonso. Samuel Úria reflete sobre o mundo e sobre si próprio num balanço entre o sagrado e o profano, com o coração na boca e na guitarra, a anca bem colocada na pop e a prosa muito afiada com reflexão, crítica, protesto, mas também fé, amor e esperança. No final de 2024, o cantautor das patilhas lançou o disco 2000 A.D., um álbum que foi beber à sua própria inquietação e que é um espelho dos tempos nebulosos e turbulentos que vivemos. No próximo dia 12 de fevereiro, formará dupla com Manel Cruz em mais uma edição do “Conta-me uma Canção” e em Outubro irá lançar-se à prova de fogo dos Coliseus. Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça

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    7 February 2025, 11:00 am
  • 1 hour 23 minutes
    Maria Teresa Horta (1937-2025): “Sou uma pessoa extremamente triste, mas não sou frágil. Sempre lutei pela liberdade, desde os 15 anos”

    No dia da morte da escritora Maria Teresa Horta voltamos a republicar uma das conversas mais marcantes do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, gravada em novembro de 2019, na sala da sua casa. Feminista e insubmissa, Maria Teresa Horta tornou-se um símbolo da emancipação das mulheres portugueses, por ter lutado sempre pela igualdade de direitos e pela liberdade. Recorde aqui a conversa com Bernardo Mendonça

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    4 February 2025, 11:27 am
  • 51 minutes 46 seconds
    Sofia Aparício (parte 2): “Estive dez anos à bulha com uma depressão. Foi doloroso, eu disfarçava a doença, ninguém sabia. Não se fica a mesma pessoa depois disso”

    Nesta segunda parte da conversa em podcast, a atriz Sofia Aparício revela a surpresa e fúria quando, há poucos anos, se deu conta que tinha pessoas próximas a votar na extrema direita, por ‘estupidez e ignorância’. E deixa o alerta: “A estupidez é mais perigosa que a maldade. Pode levar boas pessoas a fazer coisas muito más.” Sofia conta ainda a batalha longa que travou para superar uma depressão, invisível aos outros porque Sofia confessa ter disfarçado a doença até não aguentar mais e pedir ajuda a um profissional da área da saúde mental. Sofia lê um texto que mexeu consigo em particular, partilha algumas das músicas que a acompanham e deixa uma série de sugestões culturais. Boas escutas!

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    1 February 2025, 8:00 am
  • 1 hour 16 minutes
    Sofia Aparício (parte 1): “Não sou a sedutora dos papéis que me dão para representar. Odeio dar nas vistas. Vivo de fato de treino. Fujo de toda a gente!”

    Sofia Aparício foi a manequim portuguesa mais icónica dos anos 90. Já a chamaram ‘mulher camaleão’ pela forma arrojada e carismática com que vestia muitas peles. Depois reinventou-se como atriz. E tem feito caminho no teatro, na televisão e no cinema. Acaba de ser distinguida com o prémio de melhor atriz pela curta-metragem “Sisyphus”, no Berlin Short Film Awards, mas revela que o passado na moda é uma sombra e que lhe colam ainda ao corpo o papel de ‘sedutora’. Porém, diz-se em paz com isso e vive a amealhar para viajar durante meses para os lugares mais remotos e improváveis do mundo. Atualmente é a imagem da campanha “The World Is Not Fucking Pink”, a despertar consciências para temas que vão do problema humanitário dos refugiados, ao genocídio em Gaza, aos abusos na Igreja, o machismo, o racismo, a desigualdade de género ou a mutilação genital feminina. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça

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    31 January 2025, 11:34 am
  • 1 hour 16 minutes
    Fernando Rosas (parte 2): “Enquanto a extrema direita cavalga o descontentamento social, a História morde-nos a nuca”

    Nesta segunda parte da conversa em podcast, o historiador e professor Fernando Rosas vai mais a fundo sobre a natureza do fascismo e o que é que transforma uma certa emoção e pulsão destrutiva numa forma de política. E explica a razão de uma certa burguesia e população descontente começar a financiar, a impulsionar e aceitar e promover este novo fascismo. O académico e antigo deputado recorda os tempos de luta anti fascista, os vários caminhos na política, que o levaram a estar preso mais de dois anos, a tortura de sono e relata como escapou da última vez que a PIDE tentou prendê-lo. E ainda partilha os prazeres e lutas de hoje, as músicas que o acompanham, lê um excerto do livro “A Ordem do dia”, de Eric Vuillard, e deixa várias sugestões culturais. Boas escutas!

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    25 January 2025, 8:00 am
  • 1 hour 3 minutes
    Fernando Rosas (parte 1): “A tecnologia está ao serviço das forças sinistras de regressão social. Estamos no entardecer das democracias”

    Preocupado com o que chama de uma contrarrevolução da extrema direita “de natureza fascizante” a chegar ao poder no mundo Ocidental, o historiador Fernando Rosas acaba de lançar o livro “Direitas Velhas, Direitas Novas”. Académico reputado, foi preso político, torturado pela PIDE e viveu durante anos na clandestinidade. É com ceticismo que olha para o cavalgar das direitas mais radicais, herdeiras dos fascismos do passado, potenciadas agora pelos donos dos algoritmos das redes sociais que fazem ganhar eleições. Fernando Rosas alerta para os perigos do “sonambulismo social” e da “banalidade do mal”: “Está a ser criado um novo mundo cão. As forças progressistas e humanistas devem preocupar-se com esta tecnocracia violenta e resistir.” Ouçam-no na primeira da conversa com Bernardo Mendonça

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    24 January 2025, 11:24 am
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