Um diálogo descontraído em torno da História, dos seus maiores personagens e acontecimentos. 'A História repete-se' não é uma aula, mas quer suscitar curiosidade pelo passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros... São assim as boas conversas.
Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o complexo processo de independência da Irlanda do Reino Unido.
No final do século XIX, surgiram na Irlanda partidos que protagonizaram a longa luta dos irlandeses pelo auto governo do território. O parlamento do Reino Unido respondeu com três Home Rule Acts, que garantiam à Irlanda uma ampla autonomia. Tal foi contestado pelos unionistas, na sua maioria anglicanos que temiam perder privilégios. Em vésperas da grande guerra (1914), os irlandeses estavam profundamente divididos entre republicanos independentistas, que eram sobretudo católicos residentes no sul do território, e unionistas, protestantes residentes nos condados do Norte (Ulster).
Na Páscoa de 1916, os republicanos proclamaram a independência da Irlanda. A revolta foi duramente controlada pelos britânicos, que executaram os principais lideres independentistas, como Patrick Pearse. Estas execuções voltaram boa parte da opinião pública irlandesa contra o Reino Unido. A “Easter Rebellion” de 1916 foi um momento marcante na luta dos independentistas por uma Irlanda soberana, processo violento e complexo que continuou com uma guerra contra os britânicos (1919-1921), uma guerra civil entre irlandeses (1922-1923), e que só terminou formalmente em 1949, com a desvinculação da República da Irlanda da Commonwealth.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram a investigadora Margarida de Magalhães Ramalho, autora do livro “Thomaz de Mello Breyner, Relatos de uma época”, que serviu de base à série recente da RTP2 “Os diários de Thomaz de Mello Breyner”, para conversar sobre este médico e professor universitário, que foi testemunha privilegiado da História recente de Portugal, desde as últimas décadas da monarquia, passando pela I república, a ditadura militar, e os princípios do Estado Novo.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre a “Monarquia do Norte” - quando a monarquia foi restaurada, durante 25 dias, em boa parte do norte de Portugal -, quando passam por estes dias 106 anos. Este episódio pouco conhecido ocorreu na sequência do assassinato de Sidónio Pais (14 de dezembro de 1918). Então, o campo republicano estava dividido entre os defensores do regresso à “República velha” e à constituição de 1911, e os que defendiam a continuação do regime presidencialista instaurado por Sidónio Pais. No norte, os monárquicos aproveitaram o ascendente que ganharam durante o sidonismo para pegar em armas e proclamar a monarquia (19 de janeiro). Em Lisboa, os monárquicos concentraram-se em Monsanto e hastearam a bandeira azul e branca. Contudo, os monárquicos estavam tão divididos quanto os republicanos: Aires de Ornelas, lugar tenente do rei D. Manuel II, defendia desde Lisboa a monarquia liberal, enquanto Paiva Couceiro, o presidente da "Junta Governativa do Reino", defendia desde o Porto uma "nova de monarquia", livre dos antigos partidos “rotativos” e influenciada pelo "Integralismo Lusitano”. A 14 de fevereiro de 1919, as forças republicanas entraram no Porto, onde restauraram a República, pondo fim à última tentativa de restaurar a monarquia por via das armas. O que foram as “incursões monárquicas” de 1911-1912? Qual a evolução do movimento monárquico durante a “República velha” e o sidonismo? O que foi a “monarquia do norte” e como foi derrotada pelos republicanos?
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Numa intervenção especial durante a emissão da manhã na SIC Notícias, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho são convidados para se debruçarem sobre a vida e a obra do escritor realista português, Eça de Queiroz. No dia em que decorreu a transladação do corpo deste símbolo da literatura nacional para o Panteão Nacional, a SIC Notícias abriu um espaço de comentário para homenagear a memória de Eça de Queiroz,1845-1900.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho aproveitam o início do ano de 2025 para conversar sobre a História da contagem do tempo. Atualmente, a maioria dos países segue o chamado “calendário gregoriano” (do papa Gregório XIII, que o decretou em 1582), aceitando-o como padrão internacional. No entanto, muitos países e comunidades seguem um segundo calendário, que adoptam a nível interno, ou privado. Segundo o calendário hebraico, por exemplo, vivemos no ano 5785 (desde a criação do mundo, segundo a bíblia hebraica), e o primeiro mês do ano coincide com a Páscoa. Já para os muçulmanos, vivemos no ano de 1446 (o calendário começa a contar a partir da Hégira, em 622 dc). A partir de 38 ac, o mundo romano regeu-se pela “era de César” que, desde o século VI dc, coexistiu com a “era de Cristo”. Esta foi estabelecida pelos cálculos do monge e matemático Dioníso. No entanto, o próprio Dioníso enganou-se na identificação do ano do nascimento de Jesus Cristo, que terá ocorrido quatro anos antes do estabelecido, ou seja, em 4 ac. Em rigor, estaríamos pois no ano de 2029, o que só confirma o quanto o tempo é relativo.
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A 1 de janeiro de 1959, as forças opositoras ao Presidente Fulgencio Batista, um governante corrupto e oportunista, tomaram o poder em La Havana, capital de Cuba. Entre os insurretos, estavam os guerrilheiros do “Movimiento 26 de Julio” que, desde a Sierra Maestra, resistiram e combateram o regime de Baptista durante mais de dois anos. Estes guerrilheiros eram comandados por dois revolucionários que ficariam célebres: o advogado Fidel Castro e o médico argentino Che Guevara
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre Carlos Magno, rei dos francos e dos lombardos, que foi coroado imperador pelo papa Leão III no dia de Natal do ano 800. Carlos Magno foi o primeiro imperador do ocidente desde o ano de 476 dc, quando o imperador Rómulo Augusto foi deposto pelo godo Odoacro. Carlos Magno nasceu num tempo distante, em que, com excepção do mediterrâneo, o mundo urbano quase tinha desaparecido do que é hoje a Europa, e onde pessoas e bens não circulavam. Boa parte da população ainda era pagã, e o bispo de Roma, ou papa, dependente do imperador bizantino, estava condicionado pelos patrícios romanos. Entre 768 e 814, Carlos Magno protagonizou a primeira tentativa de unificação do ocidente desde a chamada “queda do império romano do ocidente”, em 476. Tal valeu-lhe ser coroado imperador em Roma, pelo papa Leão III, no dia de Natal do ano de 800. Qual a importância de Carlos Magno para a História do ocidente medieval?
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram António Salavessa da Costa, coronel de Infantaria e antigo secretário adjunto para a comunicação, turismo e cultura do último governo de Macau nomeado pela república portuguesa, para conversar sobre a História de Macau e o processo de transição do exercício de soberania sobre este território de Portugal para a China, que teve o dia 20 de dezembro de 1999 como data culminante.
Quais as etapas fundamentais da História de Macau? Qual o legado cultural português e até que ponto se mantém presente em Macau? Como correu e como avaliar o processo de transição ocorrido há 25 anos?
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho, efémero e carismático presidente da República, que foi assassinado na Estação do Rossio, a 14 de dezembro de 1918.
A 5 de dezembro de 1917, o major Sidónio Pais, lente da Universidade de Coimbra e embaixador da república portuguesa em Berlim até à declaração de guerra da Alemanha a Portugal (março de 1916), liderou uma revolução que, ao fim de três dias de combate, afastou o governo de Afonso Costa e forçou a resignação do presidente Bernardino Machado. Perante o vazio de poder, Sidónio Pais assumiu-se como o principal protagonista da “República nova”, que significou um corte com os primeiros anos da I República.
Chefe do executivo a 11 de dezembro e Presidente interino desde 27 de dezembro, Sidónio Pais passou a andar sempre fardado e compôs uma figura com traços de populismo. A sua ideia era impor um sistema presidencialista e uma República social e ordeira que integrasse todos os afastados pelo exclusivismo de Afonso Costa, entre estes, católicos, socialistas e monárquicos. O regime presidencialista instaurado por decretos ditatoriais não foi porém capaz de contrariar a grave crise económica e social, acentuada pela participação de Portugal na grande guerra.
A 14 de dezembro, o presidente Sidónio Pais foi assassinado na Estação do Rossio, onde ia apanhar o comboio para o Porto para procurar acalmar a agitação entre as forças militares do norte do país. Pouco depois da sua morte, correu o boato que terá dito, no momento fatídico em que foi alvejado, “Morro bem, salvem a Pátria!”, o que contribuiu para a construção do mito em torno da figura.
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O que achava Mario Soares do ambiente universitário na década de 1940? E das eleições condicionadas? Que caminho propunha para Portugal? O que pensava de opositores e aliados políticos? E quais os traços distintivos da sua personalidade? A propósito das comemorações do centenário de Mário Soares, o Expresso recupera o episódio originalmente publicado em 27 de dezembro de 2023, no qual Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidam José Manuel dos Santos, coordenador da comissão das comemorações do centenário do socialista, para uma conversa em redor do livro Portugal Amordaçado, escrito por Mário Soares no exílio e recentemente reeditado.
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Este líder do Partido Comunista Chinês ganhou protagonismo após a Longa Marcha, quando conduziu parte do Exército vermelho comunista ao longo de 12 mil quilómetros, por entre provações inimagináveis. Esta eopeia provocou milhares de mortes e um sofrimento atroz, mas livrou o Exército vermelho de uma previsível derrota ante os nacionalistas de Chiang Kai-shek. Depois da rendição japonesa e do reinício da guerra civil, os comunistas levaram surpreendentemente a melhor sobre os nacionalistas.
A 1 de outubro de 1949 foi proclamada a República Popular da China, que manteve sempre uma relação tensa com o outro grande estado comunista, a URSS. Sob a liderança de Mao Tsé-Tung, a China comunista procurou por em prática planos económicos e sociais irrealistas e desumanos, como o “Grande Salto em Frente” e a “Revolução Cultural” que, na prática, prolongou-se até à morte de Mao, em 1976. Como foi a guerra civil entre nacionalistas e comunistas? O que foi o “grande salto em frente” e a “revolução cultural”? Qual a importância do papel de Mao Tsé-Tung nas primeiras décadas da República Popular da China?
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