Um diálogo descontraído em torno da História, dos seus maiores personagens e acontecimentos. 'A História repete-se' não é uma aula, mas quer suscitar curiosidade pelo passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros... São assim as boas conversas.
Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram António Salavessa da Costa, coronel de Infantaria e antigo secretário adjunto para a comunicação, turismo e cultura do último governo de Macau nomeado pela república portuguesa, para conversar sobre a História de Macau e o processo de transição do exercício de soberania sobre este território de Portugal para a China, que teve o dia 20 de dezembro de 1999 como data culminante.
Quais as etapas fundamentais da História de Macau? Qual o legado cultural português e até que ponto se mantém presente em Macau? Como correu e como avaliar o processo de transição ocorrido há 25 anos?
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho, efémero e carismático presidente da República, que foi assassinado na Estação do Rossio, a 14 de dezembro de 1918.
A 5 de dezembro de 1917, o major Sidónio Pais, lente da Universidade de Coimbra e embaixador da república portuguesa em Berlim até à declaração de guerra da Alemanha a Portugal (março de 1916), liderou uma revolução que, ao fim de três dias de combate, afastou o governo de Afonso Costa e forçou a resignação do presidente Bernardino Machado. Perante o vazio de poder, Sidónio Pais assumiu-se como o principal protagonista da “República nova”, que significou um corte com os primeiros anos da I República.
Chefe do executivo a 11 de dezembro e Presidente interino desde 27 de dezembro, Sidónio Pais passou a andar sempre fardado e compôs uma figura com traços de populismo. A sua ideia era impor um sistema presidencialista e uma República social e ordeira que integrasse todos os afastados pelo exclusivismo de Afonso Costa, entre estes, católicos, socialistas e monárquicos. O regime presidencialista instaurado por decretos ditatoriais não foi porém capaz de contrariar a grave crise económica e social, acentuada pela participação de Portugal na grande guerra.
A 14 de dezembro, o presidente Sidónio Pais foi assassinado na Estação do Rossio, onde ia apanhar o comboio para o Porto para procurar acalmar a agitação entre as forças militares do norte do país. Pouco depois da sua morte, correu o boato que terá dito, no momento fatídico em que foi alvejado, “Morro bem, salvem a Pátria!”, o que contribuiu para a construção do mito em torno da figura.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
O que achava Mario Soares do ambiente universitário na década de 1940? E das eleições condicionadas? Que caminho propunha para Portugal? O que pensava de opositores e aliados políticos? E quais os traços distintivos da sua personalidade? A propósito das comemorações do centenário de Mário Soares, o Expresso recupera o episódio originalmente publicado em 27 de dezembro de 2023, no qual Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidam José Manuel dos Santos, coordenador da comissão das comemorações do centenário do socialista, para uma conversa em redor do livro Portugal Amordaçado, escrito por Mário Soares no exílio e recentemente reeditado.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Este líder do Partido Comunista Chinês ganhou protagonismo após a Longa Marcha, quando conduziu parte do Exército vermelho comunista ao longo de 12 mil quilómetros, por entre provações inimagináveis. Esta eopeia provocou milhares de mortes e um sofrimento atroz, mas livrou o Exército vermelho de uma previsível derrota ante os nacionalistas de Chiang Kai-shek. Depois da rendição japonesa e do reinício da guerra civil, os comunistas levaram surpreendentemente a melhor sobre os nacionalistas.
A 1 de outubro de 1949 foi proclamada a República Popular da China, que manteve sempre uma relação tensa com o outro grande estado comunista, a URSS. Sob a liderança de Mao Tsé-Tung, a China comunista procurou por em prática planos económicos e sociais irrealistas e desumanos, como o “Grande Salto em Frente” e a “Revolução Cultural” que, na prática, prolongou-se até à morte de Mao, em 1976. Como foi a guerra civil entre nacionalistas e comunistas? O que foi o “grande salto em frente” e a “revolução cultural”? Qual a importância do papel de Mao Tsé-Tung nas primeiras décadas da República Popular da China?
See omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio 100 do podcast A História Repete-Se, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram António Vitorino, antigo ministro da defesa, comissário europeu e diretor geral da Organização Internacional para as Migrações para conversar sobre o 25 de novembro de 1975.
Nos últimos dias, a data esteve no centro do debate político, mas o que significou em termos históricos? O que estava então em causa? Quem foram os seus protagonistas? Por fim, qual a importância do 25 de novembro para o processo de democratização português?
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre a guerra do Vietname, um conflito complexo que, numa perspetiva abrangente, durou cerca de 30 anos (1945-1975), e que ganhou mediatismo com o envolvimento direto dos Estados Unidos, o que aconteceu entre 1964 e 1973. Quais as origens da guerra do Vietname? Como é que os Estados Unidos se envolveram no conflito?
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram Pedra Sena-Lino, autor de “El Rei Eclipse - Biografia de D. João V”, para conversar sobre este Rei de Portugal.
D. João V, que nasceu em 1689, começou a reinar em 1706 e morreu em 1750, desperta opiniões contraditórias. Ao longo do tempo, foi enaltecido pelos tradicionalistas e criticado por liberais e republicanos.
Quem foi este símbolo do “Antigo regime”? Será que a atenção que deu ao aparato, à construção monumental, como o palácio de Mafra, ou à cultura, compensaram a forma como, gradualmente, Portugal ficou dependente dos britânicos? E a população portuguesa, será que beneficiou por ser governada por um rei apodado de magnânimo? Por fim, e no referente ao Brasil, será que, no reinado de D. João V, os portugueses nada mais fizeram para além de extrair e trazer para a Europa as riquezas deste território?
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre Juan Domingo Péron, o político mais controverso da História da Argentina. Oficial de Infantaria, o coronel Péron foi eleito Presidente da Argentina pela primeira vez em 1946. Então, fundou o partido Justicialista e iniciou uma política assente nas ideias de justiça social, soberania política e independência económica da Argentina. Juan Domingo Péron morreu em julho de 1974, poucos meses depois de ter tomado posse como presidente da República, tendo sido sucedido pela sua terceira mulher, Maria Estela Martinez, até então vice presidente. Péron fez escola na Argentina e, já em democracia, inspirou figuras também controversas, como os presidentes Carlos Menem, Nestor e Cristina Kirchner.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Desiderius Erasmus nasceu em Roterdão em 1467, filho natural de um sacerdote. Aos 18 anos, professou no mosteiro dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho. Contudo, não se adaptou à vida monástica e, graças ao bispo de Cambrai, obteve uma bolsa para estudar teologia na Universidade de Paris. A partir de então, Erasmo iniciou um percurso verdadeiramente autónomo, sem depender de instituições ou de patronos. Viajou pela Europa, correspondeu-se com os principais filósofos e teólogos de então, como Thomas Moore e Martinho Lutero, e desenvolveu um pensamento próprio, baseado no conhecimento dos clássicos e das escrituras, e assente nas ideias de concórdia e tolerância.
A sua passagem por Itália e o contacto com a cúria romana motivou-o a escrever “O elogio da loucura”, uma sátira que constata, com erudição, amargura e realismo, que a estupidez tende a prevalecer sobre a sensatez.
Até à sua morte, em 1536, Erasmo, que nunca rompeu com o catolicismo, manteve-se equidistante no conflito entre a Cúria Romana e Martinho Lutero, o que valeu-lhe críticas e incompreensão dos dois lados. No entanto, Erasmo procurou construir pontes entre católicos e luteranos. Em sua casa, havia sempre lugar para estudantes e humanistas, e para debates livres e tolerantes. Morreu em 1536 em Basileia, cidade que tinha aderido à reforma protestante. Pouco antes de morrer, publicou “A amável concórdia das igrejas”, uma última tentativa para conciliar católicos e protestantes.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram o historiador João Miguel Almeida, autor do livro “A noite mais sangrenta”, para conversar sobre um dos episódios mais sombrios da História de Portugal: a “noite sangrenta” de 19 de outubro de 1921. Na manhã desse dia, sete mil elementos da Guarda Nacional Republicana comandados pelo coronel Manuel Maria Coelho ocuparam posições na Rotunda, no Parque Eduardo VII e no Terreiro do Paço. Os revoltosos tinham como principal objectivo forçar a demissão do primeiro-ministro António Granjo, um republicano moderado, e inverter a recente relação de forças entre o partido democrático, hegemónico até então, excepto durante o mandato presidencial de Sidónio Pais, e o Partido Liberal Republicano. Em paralelo com a revolução militar, iniciou-se um movimento de carácter difuso, composto por militares e civis, que procurou ajustar contas com o “sidonismo”. Na noite de 19 de outubro, uma “camioneta fantasma” conduzida pelo cabo Abel Olímpio, conhecido por “dente de ouro”, andou pelas ruas de Lisboa a prender e matar de forma sumária e indiscriminada. Entre as vitimas, estavam o primeiro-ministro António Granjo, bem como dois dos principais protagonistas do 5 de Outubro, Machado dos Santos e José Carlos da Maia.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
A 25 de outubro de 1917 (7 de novembro, no calendário juliano. então usado na Rússia), os bolcheviques assumiram o governo da Rússia, na sequência da tomada do Palácio de Inverno. Impuseram o seu poder pela força, eliminando a oposição e estruturando um Estado, a URSS.
Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre um dos episódios marcantes do século XX: a revolução bolchevique de outubro de 1917.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
Your feedback is valuable to us. Should you encounter any bugs, glitches, lack of functionality or other problems, please email us on [email protected] or join Moon.FM Telegram Group where you can talk directly to the dev team who are happy to answer any queries.