Das decisões dos grandes grupos de luxo aos talentos emergentes mundiais, tudo entra no radar de Olívia Merquior e Isabel Junqueira quando o assunto é moda. High Low discute toda semana quem faz, quem pensa e quem é apaixonado pelo vestir.
Nossa 6ª temporada está chegando ao fim! E para fechá-la com chave de ouro, convidamos Paula Mageste, CEO da Globo Condé Nast e responsável pela volta da revista Elle ao Brasil, para uma conversa super bacana sobre as atuais mudanças nas revistas de modas. “Para transformarmos, é preciso de um pouco de calma e um pouco de caos […]. Quantas coisas iguais a gente precisa ter? Qual o valor de alguma coisa se ela é igual a tantas outras? Essa é a pergunta que a gente tem que se fazer”, afirma ela.
Com um currículo invejável, Paula protagoniza o início de uma nova fase para o mercado editorial feminino e de moda no país. E ao longo do episódio, ela nos propõe repensar a moda, a comunicação e o conteúdo num mundo de novos paradigmas.
Vem com gente nesse papo!
Em uma temporada que fala sobre mudanças de paradigmas, nada mais relevante do que conversarmos com uma mulher que construiu a vida desafiando padrões e preconceitos. Jovanna Cardoso virou Jovanna Baby aos 13 anos e em 1979 iniciou a primeira mobilização no Brasil pela sobrevivência e cidadania de pessoas transgêneros e travestis. Jovanna alerta: “quando uma pessoa grita, ninguém escuta, mas juntam-se três e já fica difícil de ignorar”. Nesse episódio, essa mulher inspiradora nos mostra como o vestuário pode desempenhar diversos papéis. A roupa nos aprisiona ou nos liberta, nos empodera ou diminui, pode ser objeto de tortura ou prazer e Jovanna experimentou todas as facetas desse guarda-roupa. Uma entrevista que celebra a vida e a liberdade de quem tem coragem de ousar ser tudo o que deseja. Bajubá Odara para todes nós!
(Essa entrevista foi realizada via Zoom e por isso pode apresentar falhas de qualidade, mas o que vale é o conteúdo e ele tá babado!)
Por definição do dicionário, cultura é: o conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente, que caracterizam um grupo social. Muito mais que arte em si, a cultura de um grupo determina seus valores e ética, seus governantes e seu sistema de trocas simbólicas. A contra-cultura, ou subcultura, por sua vez emerge de tempos em tempos comprometida a mudar o que foi estabelecido e reorganizar o sistema de acordo com novos desejos.
Desde a década de 90, as tecnologias de comunicação colocaram o mundo em rede e juntos vimos uma explosão de novas identidades e discursos importantes, mas fora do mundo virtual, a realidade parece menos animadora. O que está acontecendo?
Uma volta aos finais melancólicos, sem convidados, apenas a velha dobradinha Oli e Bel, meio perdidas, levando o episódio para muitas perguntas sem respostas.
E você? Vai um tupperware aí?
Aldir Blanc uma vez disse: “Custei a compreender que a fantasia é um troço que o cara tira no carnaval e usa nos outros dias por toda a vida”. Como apogeu da cultura brasileira, o carnaval não é apenas festa, mas ato político desde a sua origem. Muitas vezes sufocado pela aristocracia, ditadura e “iogurtes”, de tempos em tempos ele resplandece com sua fúria revolucionária. No episódio dessa semana, Oli e Bel conversam com um dos artistas mais emblemáticos do carnaval como ato político-cultural. Cultura essa negra, indígena, popular, misturada, LGBTQI+, brasileira. Leandro Vieira é hoje o nome por trás da Mangueira e do Império Serrano, mas vem expandindo sua arte para muito além do sambódromo. Nessa conversa ele nos desafia a entender como tudo que nos cobre é uma bandeira e que toda a bandeira carrega em si uma história sobre o passado, presente e o futuro que queremos habitar.
(Nota: Excepcionalmente esse episódio foi gravado via Zoom e pode apresentar algumas irregularidades de áudio.)
A gente ama moda mas às vezes dá uma dor de cabeça....
Educação de moda é algo um tanto recente no Brasil. Salvo algumas poucas excessões, no início de 2000, a maioria dos cursos de moda não exibia status de nível superior. Mas, do outro lado do mundo, um lugar já graduava uma série de nomes que iriam revolucionar a moda mundial. A Central Saint Martins virou uma lenda, um mito que assusta e encanta com suas histórias de revolução criativa. Afinal de contas, foi lá que o filho de um taxista virou McQueen, o de um encanador virou Galliano e a filha de um McCartney virou Stella. Nesse episódio, conversamos com a jornalista Silvia Rogar, a primeira brasileira a entrar para um mestrado na lendária Saint Martins (ainda mais com uma bolsa de estudos!) e contamos sobre o peso de ser super cool em um lugar que com muito orgulho foi palco do primeiro show dos Sex Pistols.
A gente ama moda, mas às vezes dá uma dor de cabeça... Uma grande terapia coletiva com Olivia Merquior. Traga a sua neura e bora resolver isso aí!
Nesse episódio emocionante, Bel e Oli conversam com três personagens de uma história iniciada ainda em 1500, durante a “invasão das Américas”. Os professores Glicéria Tupinambá, Casé Angatu Xukuru Tupinambá e a artista Livia Melzi, nos contam sobre o sequestro de uma história encarnada em um manto. O manto Tupinambá, uma peça ritualística indígena, sobrevive hoje entre paredes de vidro em seis museus europeus. Longe de sua comunidade e de sua função sagrada de ensinamento e proteção, seus registros originais foram apagados e a peça virou objeto exótico de curiosidade turística. Um tema complexo que reforça a importância da memória, o sequestro de identidades ao longo da história e fala sobre a bela simbologia do vestir, como nos explica Glicéria:
“Babau, ao vestir o manto, consegue se camuflar e se sente como se fosse uma coruja. A coruja representa para a gente os olhos da noite. Ela é guardiã da noite. É um símbolo muito forte. (…) O interessante é comparar uma obra que está dentro do museu, parada, e ver a peça tendo vida e movimento - neste caso, ver o manto sendo usado por um membro da comunidade, o cacique, durante um ritual. É uma emoção muito grande. Ory, meu filho caçula, disse que quando o cacique usar o manto, ele permitirá a cura do mundo, ao afastar todas as doenças. Tudo de ruim será eliminado, porque o cacique se transformará em super-herói”.
“Este é o retorno do manto”.
Para algumas pessoas, NFT é bichos de 7 cabeças, mas ignorá-lo não é a melhor estratégia. Blockchain, Ethereum, crypto-ativos são palavras estranhas incorporadas pouco a pouco ao universo de tudo que é criado digitalmente. Com as coleções de moda, isso não seria diferente. Nesse episódio @oliviamerquior e @isabel_junqueira desmistificam esse mundo de palavras cibernéticas e convidam o diretor criativo @lucasleao para contar como a realidade física dos estúdios de costura se potencializa através das tecnologias.
Ao fim da conversa, a gente responde: “Pode o NFT salvar as marcas de moda independente?”
Oli e Bel quase nunca se interessam pelos mesmos livros, mas recentemente as duas estavam apaixonadas por “Suíte Tóquio”, da escritora Giovana Madalosso. Em seguida, foi a vez das duas partirem para “Tudo pode ser Roubado” e o convite para conversar com essa escritora foi inevitável! Nas histórias de Giovana a escrita tem cheiro, textura, gosto e, em alguns casos, marcas de grifes famosas. Se você acompanha a gente, já nos ouviu repetir que a vida é um palco, nós personagens e, então, que figurino é esse que nos veste? Nos livros de Giovana o vestir tem peso de personagem e nos delicia com todas as mensagens emitidas através de suas peças.
Apenas um trecho de “Tudo pode ser roubado” já resume muito:
“Troquei olhares com o professor, que estava algumas fileiras à minha frente, depois comecei a praticar meu esporte preferido. Dei largada com uma garota na minha lateral esquerda. Usava uma bolsa Chloé amarela. Pensei que para chegar a ter uma bolsa de marca na canariesca e incombinável cor amarela, ela já devia ter dezenas de outras. Um closet abarrotado de bolsas básicas. Meu cérebro imprimiu uma etiqueta imaginária que colei sobre a garota, com o rótulo: Altamente Roubável”.
Vem com a gente nessa conversa sobre livros, uniformes, sapatos apertados, bolsas canarinho e óculos Tom Ford!
Virgil Abloh se derramou por inteiro em « Peculiar Contrast, Perfect Light », filme da coleção outono/inverno 2021 da @louisvuitton. « Foi como se estivesse escrevendo num diário através do meu trabalho », contou sobre esta que é a sua coleção mais autobiográfica, inspirada na experiência de alienação num vilarejo suíço do escritor James Baldwin, relatada no ensaio « O estranho no vilarejo ». No segundo episódio desta temporada, Oli e Bel cavam não só essa e outras referências maravilhosas como os créditos deste filme brilhante, que inclui uma seleção estelar de colaboradores, como @wutsang, @boychild, @ibkamara, @saulwilliams, @kai_isaiah_jamal e @yasiinbey. Vem com a gente arranhar a superfície desta obra que vai muito além da moda?
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