Expresso - Palavra de Autor

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Podcast do Expresso sobre livros. De quinze em quinze dias, à quarta-feira, um novo episódio com um convidado do mundo das letras. Escritores, poetas, editores e tradutores são chamados a palco para ler e falar sobre novidades editoriais

  • Maria Teresa Horta: “Era o quotidiano que nos fazia tomar posições feministas”
    Face à morte de Maria Velho da Costa, recordamos o livro “Novas Cartas Portuguesas”, escrito por ela e também por Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta. É esta última que conta a história de um livro que incomodou a ditadura e inspirou os feminismos internacionais da década de 70, numa edição especial do Palavra de Autor, podcast do Expresso sobre livros. Uma conversa de Cristina Margato ao telefone com a escritora e poeta de 82 anos
    4 June 2020, 11:46 am
  • Especial Covid-19: Tudo aquilo que precisa saber para gerir a sua vida face à pandemia
    Vera Arreigoso, jornalista do Expresso especializada em temas de saúde, analisa o mais recente boletim epidemiológico da DGS sobre os infetados em Portugal, esclarece quais os principais sintomas e responde às principais preocupações dos portugueses neste momento - "posso viajar?" e "o que faço com os miúdos em casa sem escola?". Ouça este especial do Expresso sobre o novo coronavírus
    12 March 2020, 1:28 pm
  • Palavra de Autor #29 Mia Couto: “Pobre é quem perdeu a capacidade de se contar a si próprio”
    “O Universo Num Grão de Areia” é um livro que pensa o mundo, África ou as muitas ‘Áfricas’ que cabem nela. A literatura, ou o papel que esta pode ter na ordem da nossa vida. O escritor moçambicano Mia Couto reflete e evoca as histórias que lhe dão corpo e as personagens que vivem dentro do escritor que é, como é o caso de Fernando Pessoa, “terapeuta da sua adolescência”, ou de Tchaíssa Nguezi, caçador cego que só podia ver quando caçava. Neste Palavra de Autor, à conversa com Cristina Margato, o escritor lê passagens da obra que antecede o lançamento de um novo romance no próximo ano, e também fala da sua infância, na Beira, “água Natal”, destruída pelo ciclone Idai, ou da inexistência de uma linha de separação entre ficção e realidade
    20 November 2019, 9:59 am
  • Palavra de Autor #28 José Luís Peixoto: “Não venho aqui afirmar que sou o futuro Saramago”
    “Morreste-me”, o primeiro livro de José Luís Peixoto, era sobre o pai. O último, “Autobiografia”, é sobre outro tipo de filiação: a literária. José Saramago é uma das principais personagens da última obra do escritor nascido em Galveias, Alentejo, em 1974. E cruza-se com uma outra, um jovem escritor atormentado pelos vícios. A dado momento quase se transformam na mesma pessoa. O último romance de Peixoto, que no próximo ano comemora 20 anos de caminho, mistura ficção e realidade e explora diferentes formas literárias. Neste Palavra de Autor, o escritor conversa com Cristina Margato, e lê passagens de “Autobiografia”, nomeadamente aquela em que no anúncio da atribuição do Nobel a Saramago se transforma numa chuva de sapos, ao jeito do cinema de Paul Thomas Anderson, no bíblico “Magnólia”. Peixoto assegura ainda que o Nobel não é a sua ambição, mas tem outras como a de que lhe roubem os seus livros
    9 October 2019, 8:00 am
  • Palavra de Autor #27 Maria do Rosário Pedreira: “Estamos num período baixo da literatura”
    Antes mesmo da sul-coreana Han Kang ganhar o Booker Prize em 2016, Maria do Rosário Pedreira já queria comprar o livro que seria distiguido por um dos mais importantes prémios a nível europeu. A “A Vegetariana” seguiu-se a publicação em português de“Atos Humanos” e agora “O Livro Branco”. Esta última obra é o pretexto para uma conversa com uma editora que aposta sobretudo em novos talentos nacionais e está atenta às literaturas de regiões periférias. Neste Palavra de Autor, o último antes das férias de Verão, Maria do Rosário Pedreira conta como se entusiasmou por Han Kang, e pela sua distinta voz, lê passagens de “O Livro Branco”, e fala sobre o que é a literatura, a edição e publicação de livros, e o que faz um bom escritor. No final é desafiada por Cristina Margato a dizer um dos seus poemas (inédito por sinal)
    17 July 2019, 2:06 pm
  • Palavra de Autor #26 Adelino Gomes: “O Zeca Afonso era a normalidade em tempos anormais”
    Gravações de dois concertos de José Afonso ficaram esquecidas durante anos nos arquivos pessoais de dois homens: Jorge Rino e Manuel Mina. Não são gravações profissionais, e estão separadas por alguns anos e uns tantos acontecimentos políticos, nomeadamente, a Crise Académica, o 25 de Abril e o PREC. Foram feitas no entusiasmo do momento. Primeiro em Coimbra, a 4 de Maio de 1968, apenas um dia depois do Maio de 68 em Paris, antes da luta académica ganhar fulgor, depois em Carreço, a 13 de Fevereiro de 1980, depois da direita ter ganhado as primeiras eleições democráticas. As gravações inéditas são alvo de uma edição que reúne dois CDS e um Vinil, “José Afonso Ao Vivo”, e inclui uma investigação de Adelino Gomes que contextualiza o momento em que estes concertos aconteceram
    3 July 2019, 8:40 am
  • Palavra de Autor #25 Fernando Lemos: “A solidão é uma trincheira, o lugar onde você ataca e defende, onde você é você ”
    Diz que a ditadura de Salazar lhe levou a juventude. Levou-o também para longe. No Brasil, onde se exilou e onde se afirmou como artista multifacetado, dedicou-se a outras artes. Além de fotógrafo mostrou-se pintor, gráfico, escritor. Fez novas amizades. Entre São Paulo e o Rio de Janeiro “abriu a cabeça”. Conviveu com músicos como Vinicius de Morais e Chico Buarque. Deste e do outro lado do oceano Atlântico, Fernando Lemos conheceu gerações notáveis. Em Portugal, e antes de partir, deixando família e noiva, fotografou Arpad Szenes e Vieira da Silva, Sophia de Mello Breyner Andersen, Jorge de Sena, Adolfo Casais Monteiro, Agostinho da Silva, José Cardoso Pires, Cesariny, António Pedro, Glicínia Quartin, Alexandre O’Neill, José-Augusto França... Gente reunida num livro, que não se limita a mostrar os magníficos retratos surrealistas que fez: “Ph. Fernando Lemos” (Edição da Imprensa Nacional). Neste Palavra de Autor, Fernando Lemos conversou com Cristina Margato, sobre uma longa vida, que não tem anos, “tem tempo”. E muito tempo à frente. Porque apesar de já ter 93 anos, Fernando Lemos diz que está à espera de chegar aos 100 anos. E está feliz
    19 June 2019, 8:00 am
  • Palavra de Autor #24 José Manuel Barata-Feyo: A história desconhecida dos portugueses que lutaram contra os nazis
    Muitos dos que lutaram contra a ocupação nazi da França, durante a II Guerra Mundial, pagaram com a vida, com a tortura e com a deportação. Os que sobreviveram também tiveram de enfrentar a falta de vontade de os franceses reconhecerem os feitos dos estrangeiros na Resistência Francesa, que, para ser mais correcta, se deveria chamar Resistência em França. “Entre esses estrangeiros esteve 1,5 por cento da comunidade portuguesa”, número proporcionalmente maior que o de franceses. Uma conclusão que resulta de uma investigação realizada pelo jornalista José Manuel Barata-Feyo anunciada no livro “A Sombra dos Heróis - A História Desconhecia dos Resistentes Portugueses Que Lutaram Contra o Nazismo” (Clube do Autor, 2019). Livro que é apenas o princípio de uma história que promete ter novos desenvolvimentos, como conta José Manuel Barata-Feyo a Cristina Margato, neste episódio de Palavra de Autor, o podcast sobre livros do jornal Expresso
    5 June 2019, 11:00 am
  • Palavra de Autor #23 Mário de Carvalho: “Sinto que a democracia, que custou tanto a adquirir, está ameaçada”
    O que se espera de uma crónica? A pergunta é velha e as respostas podem ser tantas quantas quisermos. Em último caso, pode-se escrever uma crónica sobre a crónica. Mário de Carvalho também a fez. A palavra deriva de “cronos”, tempo em latim, como recorda o escritor neste episódio de Palavra de Autor, no qual conversa, com Cristina Margato, sobre a vontade de dar conta das conspirações que o rodeiam, à semelhança do que aconteceu ao jovem Jim Hawkins, na barrica das maçãs, d’ “A Ilha do Tesouro”, de Robert Louis Stevenson. Foi neste episódio, em que o jovem descobriu estar rodeado de piratas, que Mário de Carvalho se inspirou para dar título ao seu mais recente livro. Com ou sem conspirações, “O Que Ouvi na Barrica das Maçãs” é a prova de que algumas das suas crónicas fugiram ao “cronos”. Foram além da época em que foram escritas e, nalguns casos, até se revelaram proféticas
    22 May 2019, 11:49 am
  • Palavra de Autor #22 Leonor Xavier: “Ainda não sabemos o que fazer aos velhos”
    Leonor Xavier não consegue separar a escrita da vida. “Escreviver”, neologismo de David Mourão-Ferreira, colou-se-lhe à caneta. No último livro “Há Laranjeiras em Atenas” (Círculo de Leitores), a escritora e jornalista regressa, aos 76 anos, ao tom confessional que já havia usado em “Passageiro Clandestino”, onde abordou o cancro que sofreu, ou de “Casas Contadas”, livro no qual percorre os lugares onde viveu. Neste episódio de Palavra de Autor, Leonor Xavier lê passagens deste último livro atento a apontamentos, considerações, viagens; e conversa com Cristina Margato sobre jornalismo e literatura, doença e “intimidade com a morte”, o corpo como objeto de desejo versus o corpo-objeto retalhado pela doença, a velhice e a invisibilidade dos velhos, a imensa fé cristã que a acompanha e a vida como viagem interior e exterior
    8 May 2019, 11:00 am
  • Palavra de Autor #21 João Pacheco, filho de Fernando Assis Pacheco: “A Guerra nunca saiu dele”
    “A Musa Irregular, edição aumentada” (Tinta-da-China) reúne grande parte da poesia de Fernando Assis Pacheco, escritor, poeta, jornalista, crítico literário, e conta com a colaboração do seu sexto filho e único rapaz, João Pacheco. Aquele que descobriu a poesia do pai já depois dele morrer, em 1995, quando tinha apenas 14 anos. Neste Palavra de Autor, João Pacheco conversa com Cristina Margato evocando a memória do poeta, mas também do pai escritor, do jornalista entusiasmado, do homem melancólico, dado a uma certa “morrinha”. Fernando Assis Pacheco viveu atormentado pela guerra colonial, à qual foi parar em 1962, e da qual nunca mais se livrou, muito menos na poesia. João Pacheco lê poemas e lembra canções que o pai escreveu, como a famosa “Nini”, para Paulo de Carvalho, ou “Como Hei-de Amar Serenamente” para Adriano Correia de Oliveira. Em tempo de comemoração de mais um 25 de Abril, começamos por recordar as palavras que o poeta escreveu às primeiras horas da Revolução
    24 April 2019, 11:35 am
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