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Guten Morgen, Brasilien! Depois de comentar os males do uso do termo "fake news", Flavio Morgenstern mira nesse episódio do seu podcast preferido outro termo muito usado e defendido pela direita: o liberalismo. Afinal, a direita pode se considerar liberal?
Aparentemente, alguns liberais se consideram de direita (ou alguns direitistas se consideram liberais) porque a direita brasileira, crescendo a partir da leitura de economistas (além, é claro, do professor Olavo de Carvalho), passou a defender o Estado mínimo absoluto. Boa parte disso foi uma resposta à narrativa de esquerda, de que só com intervenção na economia cuida-se dos pobres. Foi a grande época do slogan "Menos Marx e mais Mises", por exemplo.
Mas será que o liberalismo pode produzir uma sociedade minimamente defensável? O tecido social preconizado por liberais, mesmo os clássicos, como Adam Smith, Locke ou John Stuart Mill, pode ser conjugado com uma sociedade tradicional, baseada na família, na moral, em toda a intelectualidade ocidental?
E vamos lembrar de Ayn Rand e seu "Vale do Galt", no livro "A revolta de Atlas". É um romance com uma espécie de utopia liberal. Será que ela é tão desejável assim? O que queremos é realmente reduzir toda a complexidade da natureza humana unicamente ao seu caráter financeiro e econômico? Até a moral deve disputar espaço economicamente, num livre mercado de idéias possíveis?
A hipertrofia da relação econômica em detrimento de outras relações vai gerar dois efeitos geralmente ignorados por liberais: a imposição do pensamento da elite econômica/financeira sobre toda a sociedade (dentro e fora da política) e a concentração do processo decisório em uma nova elite oligárquica, com os mesmos defeitos da elite política anterior, ou novos.
E ainda temos mais um problema: uma relação econômica, ou comercial, busca satisfazer a busca por prazer e conforto. Uma sociedade totalmente voltada para o prazer não pode, em poucos anos, descambar para uma sociedade voltada para a perversão?
Tudo isso, afinal, não é exatamente o que tem ocorrido com Ocidente, marcando sua decadência mesmo antes da chegada dos bárbaros comunistas? Flavio Morgenstern dá um breve panorama dos problemas da ordem liberal neste Guten Morgen com boa dose de polêmica.
De brinde: quem inventou o termo "fake news": Donald Trump ou aqueles que querem calá-lo? Flavio Morgenstern também conta essa história, mostrando a reportagem da revista Wired que fez com que o termo pegasse de vez e se tornasse motivo para controle da internet mundo afora.
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