Um recadinho dos hosts neste derradeiro episódio: muito obrigado por este ano de conversas sobre temas aleatórios. Foi demais. Nos vemos no Pouco Pixel e na vida!

Cada vez mais temos que conviver com extremistas – na internet, principalmente, mas no “mundo real” também. O que fazer com eles? Adriano Brandão e Danilo Silvestre debatem sobre o desafio de se manter tolerante e ao mesmo tempo não colaborar com a escalada fascista. Qual a melhor estratégia: debater com o intolerante, ridicularizá-lo ou simplesmente ignorá-lo? E, afinal, o que é o fascismo?

00:07:41 – Tema
00:41:48 – Jam Session

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• Na verdade, a maioria das mais de 11 milhões de combinações de 5 letras para domínios .com ainda estão disponíveis para compra; já as combinações de 4, 3 e 2 letras não existem mais
• Vários canais de vídeos sobre armas de fogo se transferiram do YouTube para o PornHub
• O título deste episódio é tirado de um livro da filósofa Marcia Tiburi. Aplicando o que escreveu, ela recentemente recusou-se a continuar em um programa de rádio ao deparar-se com Kim Kataguiri, do MBL
• Karl Popper descreveu o paradoxo da tolerância, que virou um infográfico bem popular na internet
• Para combater os colonizadores ingleses, Gandhi propôs a satyagraha (algo como “resistência através da verdade”): um movimento de revolta pacífica baseado em não-cooperação
• O Congresso Nacional é composto por 513 deputados federais e 81 senadores
• Falamos sobre vegetarianismo nos primódios do Pouco Pixel, ainda no episódio #11
• Rita Lobo e suas ideias sobre a cultura alimentar brasileira
• O uso da cultura como atalho para tomada rápida de decisões é um dos truques do cérebro para economizar energia

Nosso som

O tema e as músicas de fundo do Debate de Bolso são da banda alemã KieLoBot.

Informações sobre os consumidores são o combustível fundamental da publicidade há quase 100 anos, mas as redes sociais tornaram isso evidente demais. Adriano Brandão e Danilo Silvestre conversam sobre o incômodo geral com a quantidade inédita de dados que empresas como Facebook, Google, Amazon e Apple têm de seus clientes. São só anúncios ou toda essa informação tem potencial para prejudicar de verdade as pessoas?

00:04:19 – Tema
00:42:37 – Jam Session

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• O que sabemos da confusa história envolvendo Facebook e Cambridge Analytica
• O Panopticon é um tipo teórico de edificação que permitiria a um único observador a visão total de seus habitantes, imaginado pelo filósofo inglês Jeremy Bentham no século 18. Serviu de modelo para algumas penitenciárias mas hoje é muito mais lembrado como uma metáfora de opressão e controle social
• Índio não é fantasia

Nosso som

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Por que tanta gente gosta de esportes de luta? Aliás, luta é esporte? Adriano Brandão e Danilo Silvestre conversam sobre artes marciais, o motivo de existirem e por quê são tão fascinantes. Lutas são realmente só sobre violência ou tem algo mais ali envolvido? Qual o papel de figuras como Bruce Lee e Muhammad Ali? O que aconteceu com o boxe, soberano dos ringues do século 20, que de repente se viu destronado pelas MMA?

[Nesta semana excepcionalmente não pudemos gravar episódio novo. Por isso republicamos debate gravado originalmente para o Pouco Pixel #49, de junho de 2016.]

00:01:02 – Tema

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• Bruce Lee, a lenda, o mito, o filósofo: foi o autor de vários livros, incluindo “A arte de expressar o corpo humano”
• Royce Gracie, sobrinho de um dos criadores do jiu-jitsu brasileiro, era a atração principal dos primeiros Ultimate Fighting do início dos anos 90

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Uma das muitas coisas que a escola não ensina é o que é educação. Adriano Brandão e Danilo Silvestre tentam resumir, em parcos vinte minutos, talvez o tema mais importante de todos: qual o papel que a escola deveria ter? Será que, em um país tão pobre e desigual como o Brasil, é possível o luxo de se perseguir uma educação que não seja orientada para o trabalho? Ou a ideia de uma educação abrangente, que insira pessoas no centro da cultura, conseguiria resolver de maneira mais profunda nossos imensos desafios sociais?

00:03:48 – Tema
00:36:22 – Jam Session

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• A Constituição de 1988 diz explicitamente que a educação visa “ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”
• “A viuvinha” é um romance de José de Alencar, de 1860, muito comum em vestibulares Brasil afora
• O artigo em que Tiago Leifert pede à garrafa de vinho que não lhe fale mais de política diz que é contra protestos e posicionamentos políticos em eventos esportivos
• Kobe Bryant ganhou um Oscar por “Dear Basketball“, curta de animação baseado em um texto seu de mesmo título
• O time que o Danilo quis mencionar é o Ferroviário, de Fortaleza, fundado nos anos 1930 por operários da linha férrea, e que tem uma torcida anarquista chamada Ultras Resistência Coral
• A origem do Inter de Porto Alegre é controversa e até hoje se discute se o nome e a cor do time têm a ver com o comunismo ou não

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Do nada, um anônimo sabe-se lá onde começa a distribuir arquivos de computador que as pessoas dizem ter valor e até mesmo aceitam em troca de mercadorias. Exatamente como dinheiro! Como assim? Adriano Brandão e Danilo Silvestre falam sobre criptomoedas e sua relação com uma palavrinha tão simples quanto poderosa: “confiança”. Moedas emitidas por governos são entidades especiais ou, assim como bitcoins, são meras convenções que podem ser mais ou menos eficazes? Por que o real é relativamente estável e seus antecessores, o cruzeiro e o cruzado, desvalorizavam mais de 30% todo mês? Barras de ouro valem mesmo mais que dinheiro?

00:05:10 – Tema
00:46:13 – Jam Session

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• Ultracrepidário é quem pratica o ultracrepidanismo, o ato de falar sobre assunto que não se domina. Ou seja, exatamente o que acontece no Debate de Bolso
• A história absurda de Frank Abagnale, o maior impostor do mundo, virou filme com o Leonardo DiCaprio
• Uma excelente introdução à história do dinheiro é o livro “Crash“, do jornalista Alexandre Versignassi
• Vale-refeição já virou moeda corrente até em capitais como Curitiba; o caso mais fascinante é o de São João do Arraial, cidade no interior do Piauí, que criou uma moeda própria, o cocal
• Alan Turing, matemático inglês, pai da computação moderna, conseguiu decifrar a máquina Enigma, um dispositivo que embaralhava as comunicações alemães durante a Segunda Guerra Mundial
• O primeiro algoritmo de criptografia conhecido é a “cifra de César” (não “cripta“, que é uma tumba)
• Qual é a relação entre criptografia e números primos?
• Como o bitcoin (e outras criptomoedas) funcionam na prática?
• A China está, a tempos, brigando contra o bitcoin. Cada investida faz com que o valor do bitcoin caia
• O Equador, em 2000, desistiu de sua moeda própria, o sucre, e dolarizou completamente sua economia
• O Google é bem prático pra converter dólares para reais ou saber a cotação de ações na bolsa
• Michael Moore testou portas de casas aleatórias nos subúrbios de Toronto: todas abertas

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De tempos em tempos, sentimos que vivemos em um barril de pólvora prestes a explodir. Adriano Brandão e Danilo Silvestre revisitam o conceito de “paz social” e tentam entender o que fez tanta gente aplaudir a ida do exército às ruas do Rio de Janeiro. Qual a relação entre desigualdade social e violência? Como reconstruir o contrato social brasileiro, após a ruína econômica do governo Dilma e a sanha de quebra de direitos do governo Temer?

00:04:36 – Tema
00:36:44 – Jam Session

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• O ridículo e lendário boneco que fingia ser fiscal de trânsito em São Paulo tinha nome – Ricardão – e chegou a ganhar uma colega, a Suzy
• A dialética senhor-escravo foi introduzida pelo filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel em seu “A fenomenologia do espírito“, de 1807
• Já falamos sobre mass shootings nos EUA ainda na época do Pouco Pixel, no episódio #24
• O The Daily sobre o sucesso comercial do rifle semi-automático AR-15 pode ser ouvido aqui
• O Instagram do atirador da Flórida era realmente perturbador
• Por que o movimento dos estudantes sobreviventes da Flórida, o #neveragain, é diferente?

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Vivemos em um mundo tão imerso em tecnologia que muitas vezes nem a reconhecemos. Que ela tenha modificado totalmente a vida na Terra, é inegável; mas será que ela irá conseguir resolver todos os problemas da humanidade? Adriano Brandão e Danilo Silvestre debatem sobre a fé na tecnologia e sobre o poder transformador da evolução técnica e científica. A tecnologia é sempre neutra? Forças econômicas ou ideológicas são capazes de impedir ou diminuir o impacto de determinadas descobertas? Com a tecnologia causamos ou resolvemos mais problemas?

00:05:48 – Tema
00:43:38 – Jam Session

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• Elon Musk não é só meio brega mas também um bocado esquisito: ele acredita que vivemos uma simulação feita por computador, estilo Matrix
• Os dois livros mais famosos do filósofo canadense Marshall McLuhan são “A galáxia de Gutenberg” (“The Gutenberg Galaxy”, 1962) e “Os meios de comunicação como extensões do homem” (“Understanding Media”, 1964)
• A camada de Ozônio ainda não foi plenamente restaurada, mas está quase lá
• O economista inglês Thomas Malthus elaborou, em 1798, tese segundo a qual o crescimento da população acontece em progressão geométrica enquanto a produção de alimentos cresce somente em progressão aritmética
• No começo de 2018, a Philip Morris, uma das maiores multinacionais de tabaco, publicou um anúncio dizendo que sua resolução de Ano Novo era “parar com os cigarros“
• O filme “Milk” conta a história de Harvey Milk, ativista LGBT americano, primeiro vereador abertamente homossexual dos EUA. Spoiler: foi assassinado

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O que fazer quando um artista que admiramos tem, em sua vida privada, comportamento reprovável? Adriano Brandão e Danilo Silvestre discutem a difícil separação homem-artista: o quanto das atitudes do criador interferem na reputação de sua arte? Como seguir apreciando a obra de uma pessoa que condenamos sem que isso pareça endosso? E mais: é possível ver excelência formal em criações artísticas que refletem valores “suspeitos” de suas épocas? O que o Jaspion tem a ver com tudo isso?

00:07:24 – Homem vs. artista
00:36:04 – Jam session

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• Episódios anteriores mencionados: #16, sobre assédio sexual, e o Retrô #5, sobre prisões (e o caso do Goleirobruno)
• A técnica para induzir relaxamento e sono através de sons se chama ASMR
• O caso do regente americano James Levine, acusado de ter assediado menores de idade nos anos 60
• As “pessoas do ano” da revista Time são os quebradores-do-silêncio
• O artigo do crítico musical do New York Times, Anthony Tommasini, sobre James Levine
• Como aconteceu em vários outros casos, a obra do filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard foi capturada por nacionalistas e antissemitas, mas ele mesmo não tinha simpatia por essas posições
• O músico inglês Philip Pickett foi julgado por assédio sexual cometido nos anos 80 e condenado a 11 anos de prisão
• A atriz Ellen Burstyn conta o trauma de sua participação em “O exorcista”
• O controverso Elia Kazan: genial diretor de cinema, dedo-duro durante o mccarthysmo
• O atacante Robinho foi condenado na Itália a 9 anos de prisão por participar de estupro coletivo
• C’mon boy! Reviva todo o machismo e misogenia do Fantástico Jaspion. (Em tempo: o nome da produtora é Toei.)
• O filme de propaganda nazista dirigido por Leni Riefenstahl se chama “O triunfo da vontade” (e, obviamente, não da “verdade”)
• O colunista do El País, Juan Arias, não gostou da atitude lacradora do denunciador de William Waack

Fundamental que é, o acesso à internet deveria ser regulado pelo Estado. É isso mesmo? Adriano Brandão e Danilo Silvestre debatem a neutralidade de rede, o conceito segundo o qual as operadoras de telefonia devem fornecer acesso total e irrestrito a todos os conteúdos, para todos os consumidores, com a mesma qualidade. Internet já é um item essencial à cidadania? O que acontece quando provedores de acesso podem definir os sites e serviços que seus clientes podem ou não consumir? Você pagaria por uma internet gold premium prime personnalité?

00:05:40 – Neutralidade de rede
00:36:21 – Jam session

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• Quando sabemos pouco sobre um assunto, não temos condições de avaliar nosso próprio desconhecimento. Isso leva ao Efeito Dunning-Kruger, o de completos ignorantes se acharem super peritos em algo
• As ideias sobre democracia direta do filósofo Vladimir Safatle foram expostas em seu recente livro “Só mais um esforço“
• O Comitê Gestor da Internet no Brasil mede anualmente a penetração dos meios de comunicação. No mais recente relatório, de 2016, 54% das residências tinham acesso à internet
• Até o final de 2017, 1300 municípios não terão mais TV analógica. Mas o programa de digitalização enfrenta revezes, com adiamentos constantes em diversas regiões
• As regras que impõem neutralidade de rede nos EUA foram estabelecidas executivamente: foram uma iniciativa direta da FCC, o departamento do governo americana que regula telecomunicação, em 2010
• Nos anos 70, a taxa de analfabetismo no Brasil era de aproximadamente 30% entre os homens e 36% entre as mulheres; hoje é de 8%

De uns tempos para cá muita gente tem tentado emplacar leis que impeçam professores de fazerem "proselitismo político" em sala de aula. Isso faz mesmo sentido? Debatemos sobre o movimento Escola Sem Partido: quais são os seus pressupostos e no que eles realmente implicam? Existe algo como educação "ideologicamente neutra"? Quais os perigos de um vigilantismo oficial no ambiente escolar?