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PÚBLICO

De segunda a sexta às 7h. Antes de tudo: P24. O dia começa aqui

  • 17 minutes 56 seconds
    Moçambique saiu à rua com o sentimento anti-Frelimo

    Já morreram dezenas de pessoas em Moçambique, desde o começo da contestação após os indícios de fraude nas últimas eleições. Esta segunda vaga de protestos, convocada pelo candidato presidencial da oposição, Venâncio Mondlane, teve mais consequências desta vez nas províncias de Zambézia e de Nampula, onde um posto administrativo foi incendiado em retaliação pela morte de manifestantes. Por outro lado, os protestos terão descido de intensidade em Maputo por cansaço de quem protesta e por necessidade de quem precisa de se sustentar.

    A população ficou com que órfã de um Messias e precisa de esperança e de alguém com discurso, diz João Feijó. Este sociólogo e investigador moçambicano considera que a geografia eleitoral mudou em torno de um sentimento anti-Frelimo. Neste episódio, João Feijó observa que a Frelimo vive numa realidade paralela. Qual é a solução? Ninguém sabe.

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    15 November 2024, 4:10 am
  • 17 minutes 1 second
    O que é que nos dizem as escolhas de Trump?

    Donald Trump regressou, ontem, à Casa Branca, a convite do Presidente Joe Biden, para acertar os pormenores da transferência de poder nos EUA. Há quatro anos, este encontro não teve lugar, porque Trump recusou-se a aceitar os resultados eleitorais e não assistiu à tomada de possa do seu sucessor.

    Elon Musk, que acompanhou Trump nesta viagem a Washington, vai ter um lugar de destaque na nova administração. O multimilionário e Vivek Ramaswamy, dois dos apoiantes mais ricos do novo presidente, vão liderar o futuro Departamento de Eficiência Governamental.

    Musk participou na maior parte das escolhas de Trump e, dizia ontem o The New York Times, está a tentar instalar os seus amigos de Silicon Valley em lugares de destaque nas instituições federais.

    O que é que se pode concluir das escolhas anunciadas para os lugares-chave da administração? O perfil dos membros deste segundo mandato será muito diferente daquele que foi o perfil na primeira passagem de Trump pela sala oval? Tudo indica que sim. 

    Neste episódio, Tiago André Lopes, professor de Estudos Asiáticos e Diplomacia na Universidade Portucalense, ajuda-nos a perceber as escolhas para a nova administração Trump.

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    14 November 2024, 4:40 am
  • 17 minutes 5 seconds
    Até quando irá aguentar a ministra da Saúde?

    Ana Paula Martins esteve ontem no parlamento para assumir a "total responsabilidade pelo que correu menos bem" no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

    O que era para ser uma discussão sobre a proposta de Orçamento do Estado da Saúde de 2025, acabou por ser um exame ao papel de Ana Paula Martins no caso do INEM.

    A greve às horas extraordinárias expôs a grande falta de recursos humanos nesta área. Há, pelo menos, uma dezena de casos de doentes, cujas mortes estarão, alegadamente, relacionadas com os atrasos no atendimento das chamadas.

    O PS e o Chega, a Federação Nacional dos Médicos o Sindicato dos Médicos Dentistas, pediram a demissão de Ana Paula Martins, que está cada vez mais sob pressão.

    Após a audição, a ministra visitou o instituto de emergência médica, onde afirmou que dedicava 70% do seu tempo a resolver problemas do INEM.

    Neste episódio, Francisco Goiana da Silva, médico, professor universitário e ex-membro da Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde analisa a audição parlamentar da ministra e comenta estes últimos casos.

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    13 November 2024, 5:00 am
  • 16 minutes 44 seconds
    A Web Summit como espelho do empreendedorismo dos portugueses

    Provavelmente, nunca ouviu falar da Connected, uma startup do Porto que angariou dois milhões de euros para desenvolver a sua tecnologia de internet das coisas aplicada a modelos financeiros. Nem da Ethiack, de Coimbra, que identifica vulnerabilidades de cibersegurança usando hackers éticos. Nem da Glooma, que desenvolveu uma aplicação para ajudar no rastreio e acompanhamento do cancro da mama. Nem sequer da Anchorage Digital, uma startup portuguesa avaliada nos Estados Unidos em mais de três mil milhões de euros.

    Quando se fala de Web Summit, tende-se a pensar num festival de empresas e empresários estratosféricos sem ligação à terra. De um outro planeta onde o trabalho e o investimento não parecem fazer grande sentido. Mas é bom que esses conceitos se alterem. As startups e a religião sagrada do empreendedorismo, como em tempos foi designada em tom de crítica, apontam para o futuro da economia portuguesa. Por cá há umas quatro mil empresas, de Lisboa a Bragança. Feitas por jovens ousados e financiadas por gestores de risco. Muitas morrem no caminho. Outras chegam ao estatuto de unicórnio, quando valem mais de mil milhões de dólares. Portugal tem seis unicórnios gerados pelo talento nacional. Mais do que a Espanha, mais do que a Itália.

    Entre o dia de ontem e quarta-feira, umas 125 dessas empresas estarão na Web Summit ao lado de muitas outras de todas as geografias. Por lá estarão também investidores. A Web Summit não gera talento nem capital, mas serve de montra para um país que precisa de vencer a armadilha do rendimento médio. É uma ferramenta, que se junta aos apoios do estado e a um ecossistema que coloca Lisboa, o Porto ou Braga numa rede internacional voltada para o futuro. Será que, neste Campeonato, Portugal já está ao lado dos melhores? O que falta fazer para que a nova geração mais qualificada de sempre brilhe ainda mais?

    Neste episódio, temos entre nós Ricardo Luz, fundador da Gestluz, entretanto vendida ao grupo báltico Civitta. A Gestluz é uma consultora especializada com uma longa experiência em projectos de criação e de escalação de startups em Portugal. Ricardo Luz é o seu líder em Portugal.

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    12 November 2024, 4:20 am
  • 15 minutes 38 seconds
    COP29: a saída dos EUA do Acordo de Paris é um drama para o planeta?

    A COP29, que começa hoje, em Baku, no Azerbeijão, tem alguns objectivos cruciais para o nosso futuro: o apoio financeiro à acção climática global, a criação de planos nacionais de adaptação climática até 2025 ou a redução de emissões até 2030.

    A Conferência das Nações Unidas ocorre após o desastre de Valência, em Espanha, que significa que fenómenos como este não acontecem apenas nos países em desenvolvimento. Portugal, por exemplo, tem mais de 60 áreas com risco significativo de inundação. 

    E ocorre, também, após a eleição de Donald Trump. O futuro presidente dos EUA não acredita no “aquecimento global”. Neste segundo mandato, a indústria dos combustíveis fósseis terá um incentivo. É o famoso “Drill, baby drill”, as declarações do som de abertura deste episódio.

    A crise climática afecta a biodiversidade e a saúde global, a inacção climática é uma ameaça crescente, a saída dos EUA do Acordo de Paris é preocupante, porque o seu exemplo pode ser seguido por outros países.

    Francisco Ferreira, presidente da Associação Zero e professor na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, destaca, neste P24 a necessidade de um novo objectivo global para apoiar a acção climática e fala das suas expectativas para esta conferência na qual irá participar.

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    11 November 2024, 2:21 am
  • 14 minutes 29 seconds
    INEM: A história de uma negligência que já causou sete mortes

    Após notícias que davam conta de sete mortes em contexto de atrasos no atendimento de chamadas de emergência médica, a ministra da Saúde anunciou que se ia reunir esta quinta-feira com os dirigentes do STEPH, que decretou uma greve às horas extraordinárias, que começou na quarta-feira da semana passada e não tinha data para terminar. Foi a primeira reunião com o Governo desde que a greve foi convocada, em Outubro, e a primeira com a ministra, já que a única que existiu, em Junho, foi com a secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé​.

    Numa profissão com elevado nível de stress, que implica trabalhar fins-de-semana, feriados e até festividades como o Natal, o salário bruto dos técnicos de emergência começa nos 922 euros. A progressão para o nível remuneratório seguinte, em que se recebe mais 50 euros, demora entre dez e 13 anos, segundo o sindicato. Isto está relacionado com a forma como a carreira está organizada, já que só possui três categorias: coordenador-geral, coordenador operacional e técnico de emergência pré-hospitalar.

    Neste P24, ouvimos Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Tripulantes de Emergência pré-hospitalar, que decretou (e entretanto já suspendeu) a greve às horas extraordinárias.

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    8 November 2024, 3:30 am
  • 16 minutes 7 seconds
    Trump sobreviveu e voltou para ajustar contas

    A vitória de Donald Trump foi mais fácil do que se esperava. A economia foi o tema decisivo nesta campanha, mais ainda do que a imigração. Os eleitores confiaram no republicano, para resolver os problemas de habitação, segurança e custo de vida.

    Trump conseguiu ter ao seu lado o homem mais rico do mundo, conquistar as classes sociais mais desfavorecidas e o voto masculino entre os latinos e afro-americanos. 

    O republicano sobreviveu a uma condenação criminal, à suspeita de conspirar para anular as últimas eleições, a uma tentativa de homicídio e à substituição sem precedentes do seu adversário na corrida eleitoral.

    Com a vitória no Senado, uma eventual conquista da Câmara dos Representantes, e o controlo do Supremo Tribunal, é provável que o futuro presidente se sinta impune e que a acusação do Departamento de Justiça por subversão eleitoral, em 2020, seja retirada e arquivada.

    A sua eleição vai encorajar as autocracias e a sua política interna terá um impacto considerável nas guerras da Ucrânia e do Médio Oriente? Como serão as relações com a China e com União Europeia?

    Neste episódio, Diana Soller, investigadora do IPRI-NOVA, analisa os resultados destas presidenciais. Que América será esta?

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    7 November 2024, 2:15 am
  • 16 minutes 58 seconds
    É a economia, estúpido! Trump é o provável vencedor das eleições nos EUA

    À hora a que gravamos este episódio, 6h00, Donald Trump tinha vencido os Estados da Carolina do Norte e da Geórgia e era o mais provável vencedor das eleições presidenciais nos EUA.

    Kamala Harris precisava de vencer em Estados como Pensilvânia, Michigan ou Wisconsin, mas Trump seguia com vantagem em todos eles.

    É verdade que faltam contar os votos de algumas das grandes cidades, e ainda muitos votos por correspondência, mas Trump está mais perto da Casa Branca do que Harris. Isso parece mais do que certo.

    Para este resultado terá sido importante o voto masculino, numas eleições marcadas por diferenças de género, com os eleitores latinos e negros a preferirem eleger Donald Trump.

    Para além da presidência, os republicanos podem garantir a maioria no senado e no congresso, o que permite maior liberdade a Trump para pôr em prática as suas medidas mais controversas, nomeadamente um processo de deportações.

    Neste episódio, Pedro Guerreiro, jornalista do PÚBLICO nos EUA, faz uma primeira análise dos resultados e diz que Trump foi eficaz, embora de forma simplista e desonesta, na abordagem do tema da Economia, que foi mais importante nestas eleições do que temas como o aborto ou a imigração.

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    6 November 2024, 7:01 am
  • 31 minutes 51 seconds
    Quem vai ganhar as eleições nos EUA?

    E assim chegámos ao dia das eleições norte-americanas. Donald Trump e Kamala Harris concorrem pelo lugar mais poderoso do mundo: ser presidente dos Estados Unidos da América.

    Neste episódio especial do Fogo e Fúria, fazemos as apostas finais quando estamos a poucas horas de conhecer o vencedor destas eleições.

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    5 November 2024, 5:57 pm
  • 15 minutes 40 seconds
    O que falhou na resposta às cheias em Valência?

    Cinco dias depois das cheias que fizeram mais de duas centenas de mortos na região de Valência, a comunidade de Paiporta, uma das regiões mais afectadas, recebeu os reis de Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sanchez e o presidente da Comunidade Valenciana com insultos, arremesso de lama e outros objectos.

    Além de falhas na prevenção, habitantes da localidade queixam-se de atrasos e falta de coordenação na resposta à crise. Se não fossem os milhares de voluntários que se organizaram para ajudar a região, os resultados teriam sido ainda mais catastróficos.

    O que podemos, então, aprender com a forma como Espanha está a lidar com esta crise? Há o risco de vivermos algo semelhante em Portugal?

    Neste P24, ouvimos Maria José Roxo, professora catedrática de Geografia e Planeamento Regional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa.

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    5 November 2024, 6:50 am
  • 16 minutes 35 seconds
    Trump seria capaz de repetir a tomada do Capitólio?

    A probabilidade de Donald Trump não aceitar os resultados eleitorais das eleições presidenciais nos EUA é real. Uma maioria no Congresso poderia levar os republicanos a recusarem-se a certificar os resultados num estados ganhos pelos democratas, o que permitiria atribuir a vitória a Trump. Será Trump capaz de instigar uma nova tomada do Capitólio?

    Que país será este depois das eleições presidenciais de amanhã? Quem as vencer será presidente dos Estados Desunidos da América, escreveu Rita Figueiras no seu último artigo no PÚBLICO.

    Investigadora na área da Comunicação Política e professora na Universidade Católica, Rita Figueiras considera que estas eleições ficam marcadas pelas novas estratégias de comunicação, voltadas para nichos do eleitorado.

    Os podcasts, por exemplo, são um dos meios mais eficazes de chegar a grupos específicos. No som de abertura deste P24, escutamos o início do podcast de Joe Rogan, Donald Trump escolheu-o por causa do eleitorado masculino, e o podcast Call Her Daddy, Kamala Harris escolheu-o para atingir o eleitorado feminino mais jovem.

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    4 November 2024, 4:00 am
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