O Poema Ensina a Cair

Raquel Marinho

Perseguindo a ideia de Lawrence Ferlinghetti - "a poesia é a distância mais curta entre duas pessoas" - esperamos, através das escolhas poéticas dos nossos convidados, ficar mais perto deles e conhecê-los melhor. Usamos o verso de Luiza Neto Jorge “O Poema Ensina a Cair” para dar título a este podcast sobre os poemas da vida dos nossos convidados. Um projecto da autoria de Raquel Marinho. "Melhor podcast de Arte e Cultura" pelo Podes 2021 - Festival de Podcasts.

  • 56 minutes 26 seconds
    Francisca Camelo (II): "Um poema não tem de ser autobiográfico para ser bom, mas tem de ser verdadeiro"

    Segunda parte da conversa com a poeta e psicóloga clínica Francisca Camelo.

    4 May 2024, 6:00 am
  • 49 minutes 22 seconds
    Francisca Camelo (I): "Poesia para mim sempre foi um exercício de fruição de liberdade"
    Francisca Camelo nasceu no Porto em 1990: é poeta e diseuse. Tem poemas espalhados em diversas antologias e revistas, sobretudo em Portugal e na América Latina, tendo sido traduzida em espanhol, grego, francês e alemão. Os seus poemas podem também ser lidos na revistas Enfermaria 6, Pulsar, Tutano, Nervo e PRIMA (Portugal), Círculo de Poesía e Barca de Palabras (México), Palavra Comum (Galiza), Ruído Manifesto e Gueto (Brasil), entre outras. Autora de “Cassiopeia” (Apuro Edições, 2018); “Photoautomat” (Enfermaria 6, 2019); “O Quarto Rosa” (semi-finalista do Prémio Oceanos 2019, Corsário-Satã (Brasil)), “A Importância do Pequeno-almoço” (Fresca Edições, 2020) e “Quem me comeu a carne” (Nova Mymosa, 2022). Organiza performances de Spoken Word e conversas mensais com outros poetas, no seu projecto Sin.cera. Gosta de tomar o pequeno-almoço devagar e com calma e de ouvir Chavela Vargas. Poemas: 1 - Elizabeth Bishop, One Art 2 - Alexandre O’Neill, Um Adeus Português 3 - Adília Lopes, A propósito de estrelas 4 - Frank O’Hara, Poem 5 - Zeca Afonso, Era um redondo vocábulo 6 - Herberto Helder, Poemacto II 7 - Mário Cesariny, de profundis amamus 8 - Maria Teresa Horta, Segredo 9 - Marília Garcia, no dia 7 de março de 2019 10 - Sharon Olds, Sex Without Love Livro de não poesia: “Your silence will not protect you, Essays and Poems” da Audre Lorde (Silver Press, 2017)
    27 April 2024, 6:00 am
  • 55 minutes 29 seconds
    Direito de Resposta - poetas nascidos depois do 25 de Abril conversam com poetas do passado

    Assinalamos os 50anos do 25 de Abril com uma conversa com Ricardo Marques sobre o livro "Direito de Resposta", Flan de Tal, 2024.

    Poeta e tradutor, é de Ricardo Marques a selecção, prefácio e revisão deste livro editado pela Flan de Tal, com grafismo e paginação lina&nando, publicado no mês em que se assinalam os 50 anos da revolução.

    No prefácio, que tem como título "TODO O POETA É PUNK", Ricardo Marques faz a pergunta: e se, de repente, pudéssemos responder com um poema a outro poema do passado?

    É isso que fazem 25 autores contemporâneos nascidos depois de 25 de Abril de 74, que escolheram poemas do passado para lhes escreverem uma resposta.

    Os autores que integram esta antologia, por ordem alfabética, são: Álvaro Seiça, André Tecedeiro, Beatriz de Almeida Rodrigues, Catarina Nunes de Almeida, Catarina Santiago Costa, Ederval Fernandes, Fernanda Drumond, Filipa Leal, Francisca Camelo, Henrique Manuela Bento Fialho, Inês Dias, Inês Francisco Jacob, João Bosco da Silva, José Pedro Moreira, Mariana Varela, Miguel Cardoso, Miguel-Manso, Paola D´Agostino, Pedro Korres, Rafael Mantovani, Rafa (Rafaela Jacinto), Raquel Serejo Martins, Ricardo Marques, Ricardo Tiago Moura e Tatiana Faia.

    Entre os poetas do passado com quem dialogam encontram-se autores como Mário de Sá-Carneiro, Ângelo de Lima, Emily Dickinson, Alberto Caeiro, Francisco Sá de Miranda, Gertrude Stein, Matsuo Bashô Soror Juana Inés de la Cruz, Safo ou Mariana Alcoforado.


    25 April 2024, 9:57 am
  • 56 minutes 30 seconds
    Luísa Sobral (II): “Gosto da ideia de ser outra pessoa, de ter outra vida dentro da minha”
    Segunda parte do podcast com a cantautora e compositora Luísa Sobral. Poemas: José Régio, Cântico Negro Márcia, Hoje apetece-me ser eu mesma Álvaro de Campos, Todas as Cartas de Amor são Ridículas Miguel Torga, Sísifo José Luís Peixoto, O passado tem de provar constantemente que existiu   Livro – Jon Fosse, Manhã e Noite, tradução de Manuel Alberto Vieira, edição Cavalo de Ferro  
    20 April 2024, 6:00 am
  • 51 minutes 49 seconds
    Luísa Sobral (I): “Valsinha: Esta é a canção que eu mais gostava de ter escrito na minha vida.”
    A nossa convidada de hoje escreve canções desde os 12 anos e a primeira canção que cantou sozinha “com um radiozinho pequeno” foi escrita por Carlos Tê e chama-se “Não Há Estrelas no Céu”. Luísa Sobral nasceu a 18 de setembro de 1987. Cantautora e compositora, sempre quis ser cantora ou atriz (de teatro) e, para tentar chegar a esse objetivo (Luísa é dada a organizar e planear), além de participar num programa de talentos da televisão, tentou entrar no conservatório. Uma professora disse-lhe que nunca iria ser cantora na vida porque tinha nós nas cordas vocais. Enganou-se, e ainda bem. 6 discos de originais, onde se incluem canções para todas as idades e até canções de embalar, colaborações com nomes importantes da música cá dentro e lá fora, tanto como compositora como como letrista ou produtora. Poemas primeira parte: 1 - Matilde Campilho, O último poema do último príncipe 2 - Maria do Rosário Pedreira, Lábios 3 - Maria do Rosário Pedreira, Costas 4 - Sophia de Mello Breyner Andresen, Quando 5 - Tim Burton, Robot Toy 6 - Vinícius de Moraes, Valsinha
    13 April 2024, 6:00 am
  • 50 minutes 30 seconds
    Leonardo Gandolfi (II): "As coisas que me comovem são as transformações que me fazem encontrar pessoas, coisas, linguagem."
    Segunda parte do podcast com Leonardo Gandolfi, poeta, crítico literário e professor universitário em São Paulo. Poemas: Não mais sob a árvore de Bô, de Enterrem meu coração no Ramelau (1982), Jorge Lauten; A gleba me transfigura, de Vintém de cobre (1983), Cora Coralina; Mulher VIII, Dizes-me coisas amargas como os frutos (2001), Paula Tavares; Bibliotecas, Ilhéus (2013), Edson Cruz; “O António Ramos Rosa estava deitado na cama”, de Poemas canhotos (2015), Herberto Helder. Livro de não poesia: Ursinho Pooh, de A.A. Milne, tradução de Monica Stahel.
    6 April 2024, 6:00 am
  • 56 minutes 26 seconds
    Leonardo Gandolfi (I): "Eu não escrevo em língua portuguesa, eu escrevo na língua Drummond"
    Leonardo Gandolfi nasceu em 1981, no Rio de Janeiro, e mora em São Paulo desde 2013, onde trabalha como professor de Literatura Portuguesa na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É autor, entre outros, de "Robinson Crusoé e seus amigos" (Editora 34, 2023, finalista do prêmio Jabuti de poesia). Organizou a antologia de Manuel António Pina "O coração pronto para o roubo" (Editora 34, 2018) e publicou o ensaio "Manuel António Pina" (Eduerj, 2020), livro da coleção Ciranda de Poesia. Manuel António Pina é um dos autores portugueses que estudou e conheceu pessoalmente cá em Portugal, mas encontramos no seu currículo outras abordagens à poesia portuguesa. Poemas primeira parte: 1. Porquinho-da-índia, de Libertinagem (1930), Manuel Bandeira; 2. Resíduo, de Rosa do povo (1945), Carlos Drummond de Andrade; 3. O sim contra o sim, de Serial (1961), João Cabral de Melo Neto; 4. O texto de Joan Zorro, de O texto de Joan Zorro (1974), Fiama Hasse Pais Brandão; 5. Fala de um homem afogado ao largo da senhora da guia no dia 31 de agosto de 1971, de Toda a terra (1976), Ruy Belo;
    31 March 2024, 5:05 pm
  • 42 minutes 27 seconds
    Francisco Geraldes (II): "Ele (Charles Bukowski) diz que a poesia é o nosso último reduto de salvação, e eu concordo muito."

    Segunda parte do podcast com Francisco Geraldes.


    Poemas:

    O poema - Herberto Helder

    Negro Drama - Racionais

    Máscaras de Orfeu, Napoleão Mira

    In Memoriam, Ary dos Santos


    Livro:

    O Peso do Pássaro Morto, Aline Bei, edição Nos

    23 March 2024, 7:00 am
  • 51 minutes 15 seconds
    Francisco Geraldes (I): "Quando ouço fado estou em casa, estando em minha casa ou em Abu Dhabi."
    O nosso convidado de hoje é jogador de futebol, leitor, e autor de um livro de poesia. Francisco de Oliveira Geraldes nasceu em Lisboa a 18 de Abril de 1995, e é actualmente jogador no Joho, na Malásia. Formou-se no Sporting Clube de Portugal, onde esteve quase 18 anos, passou pelo Eintracht de Frankfurt , na Alemanha, e pelo AEK de Atenas, na Grécia. Regressou a Portugal para jogar como médio ofensivo do Estoril Praia, de onde saiu há poucos meses para Abu Dhabi, e de lá para a Malásia. Vem ao podcast “O Poema Ensina a Cair” para nos falar dos poemas de que mais gosta, também porque em 2021, publicou um livro de poesia chamado “Cito, Longe, Tarde” com prefácio de Pilar del Rio. Poemas primeira parte: Quase – Mário de Sá-Carneiro David Mourão-Ferreira – Abandono Poema Sujo – Ferreira Gullar Poema em Linha Recta – Álvaro de Campos Operário em Construção – Vinicius de Moraes
    16 March 2024, 7:00 am
  • 45 minutes 50 seconds
    Rodrigo Leão (II): "No Frágil, por acaso, conheci o Al Berto. Mas conheci também o Cesariny e o Herberto Helder."

    Segunda parte do podcast com Rodrigo Leão.


    Poemas:

    Minha cabeça estremece com todo o esquecimento (Herberto Helder)

    A Magnólia (Luísa Neto Jorge)

    Vivamos-  Dinis Muacho

    Ode à Paz- Natália Correia

    Escrevo-te- Lúcia Vicente

    Livro: O Deserto dos Tártaros, Dino Buzzati, edição Cavalo de Ferro

    9 March 2024, 7:00 am
  • 56 minutes 54 seconds
    Rodrigo Leão (I): "Comecei a ouvir poesia dita pelo Villaret em casa dos meus pais."

    Rodrigo Leão nasceu em Lisboa, em 1964. É o mais velho de 4 irmãos, todos rapazes, com quem partilhou muitos verões da infância e adolescência na Ericeira, numa casa perto do mar, comprada pelo avô materno, matemático. Foi lá, na Ericeira, que compôs as primeiras ideias para o que viria a ser a Sétima Legião, uma das bandas que nos levaram a conhecê-lo, a que se seguiu a Madredeus.

    Hoje em dia, muitos anos depois desses dois projetos musicais, conhecemo-lo pela carreira a solo nacional e internacional, mas também pelas incursões no cinema ou no documentário e, inevitavelmente, pelas muitas colaborações que assina com outros nomes da música, dentro e fora de portas. Estamos aqui para falar das suas escolhas poéticas e, olhando para o seu percurso, percebemos que a poesia anda perto há muito tempo. No ano passado lançou O Homem em Eclipse com Gabriel Gomes e Miguel Borges, para assinalar o centenário de Mário Cesariny, mas o projeto Os Poetas que deu corpo a este disco nasceu em 1997 e contava com também Manuel Hermínio Monteiro, então editor da Assírio & Alvim. Nesse primeiro ano gravaram um disco chamado Entre Nós e as Palavras, onde podíamos escutar as vozes de Al Berto, Mário Cesariny, António Franco Alexandre, Herberto Helder e Luiza Neto Jorge. A música era de Margarida Araújo, Rodrigo Leão e Gabriel Gomes.

    Para a conversa no podcast trouxe poemas que decorrem desse convívio antigo com poetas portugueses, mas também algumas surpresas.

    Poemas:

    Pastelaria - Mário Cesariny

    O Navio de Espelhos - Mário Cesariny

    Toada de Portalegre - José Régio

    O Poeta de Pondichéry - Adília Lopes

    No sorriso louco das Mães - Herberto Helder

    2 March 2024, 7:00 am
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