O Assunto

G1

Um grande assunto do momento discutido com profundidade. Natuza Nery vai conversar com jornalistas e analistas da TV Globo, do G1, da GloboNews e dos demais veículos do Grupo Globo para contextualizar, explicar e trazer um ângulo diferente dos assuntos mais relevantes do Brasil e do mundo, além de contar histórias e entrevistar especialistas e personagens diretamente envolvidos na notícia.

  • 30 minutes 36 seconds
    O risco de um apagão de professores no Brasil
    A carreira docente vive uma crise multifatorial no país: salários pouco atraentes, risco de violência na sala de aula, falta de valorização e plano de carreira e problemas de estrutura nas escolas são as principais queixas dos profissionais da área. O resultado disso é que cai, ano após ano, o interesse dos jovens pela licenciatura. Uma projeção divulgada em 2022 indica que o país pode ter um déficit de 235 mil docentes em 2040. Naquele mesmo ano, um estudo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) afirmou que não é exagero dizer que já vivemos esse apagão. Nesta terça-feira (14), o governo federal lançou um novo programa para enfrentar alguns desses gargalos. Com o objetivo de aumentar a atratividade da carreira, o Mais Professores irá pagar bolsas para universitários matriculados em cursos de licenciatura e para docentes em lugares com carência de profissionais da área. Para analisar o quadro geral da docência no Brasil e avaliar, ponto a ponto, o que prevê o programa recém-lançado pelo governo, Julia Duailibi conversa com Olavo Nogueira filho, diretor-executivo do Todos Pela Educação.
    15 January 2025, 3:16 am
  • 20 minutes 8 seconds
    A fiscalização do PIX e as fake news
    O PIX, lançado em novembro de 2020, rapidamente virou o meio de pagamento preferido dos brasileiros. São tantas transações financeiras via PIX que uma imensa quantidade delas escapam ao radar da Receita Federal. Mas, desde o primeiro dia do ano, esse cerco apertou um pouco. O órgão já exigia informações de movimentações por cartão de crédito, TED e transferência bancária dos bancos tradicionais. Agora, qualquer instituição bancária ou de pagamento é obrigada a informar transações que sejam superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. De acordo com a Receita, a mudança na norma visa evitar crimes como sonegação fiscal e lavagem de dinheiro e nada muda para quem declara direitinho o Imposto de Renda. Nas redes sociais, no entanto, o que circulou é que o governo quer taxar o PIX – o que é vetado pela Constituição. E então uma onda de fake news confundiu e espalhou medo, especialmente dentro do enorme contingente de trabalhadores informais brasileiros. Neste episódio, Julia Duailibi conversa com Valdo Cruz, comentarista da GloboNews e colunista do g1, para explicar o que, de verdade, muda na nova regra de fiscalização do PIX. Os dois também avaliam o impacto político das mentiras na popularidade do governo Lula e como a crise já bate à porta do novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, que assume o cargo nesta terça-feira (14).
    14 January 2025, 3:15 am
  • 29 minutes 43 seconds
    Liberdade
    Ela permeia o debate político desde a Antiguidade, mas foi no início do século 20 que ganhou o centro da esfera pública. A ocorrência das duas grandes guerras mundiais e o surgimento de Estados totalitários mobilizaram filósofos, cientistas políticos e lideranças populares para entendê-la melhor. Na última década, a liberdade virou protagonista na plataforma de um grupo político. A palavra ganhou eco no discurso de figuras como Jair Bolsonaro, Donald Trump, Javier Milei, Benjamin Netanyahu e até Elon Musk. De outro lado, seus adversários políticos correm atrás para convencer a sociedade: nos EUA, Kamala Harris concorreu à Casa Branca sob o som de “Freedom”; no Brasil, Lula incorporou a palavra em seu discurso no ato que marcou os dois anos da tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro. Para analisar como a liberdade pauta o debate político hoje, Natuza Nery conversa com Alberto Ribeiro Gonçalves de Barros, professor de filosofia política na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências humanas da USP. Autor do livro "Liberdade política", explica como os extremistas deturparam e cooptaram uma ideia liberal e aponta similaridades entre o cenário atual e aquele que precedeu os movimentos totalitários do século passado.
    13 January 2025, 3:16 am
  • 23 minutes 56 seconds
    O pior incêndio da história de Los Angeles
    Mais um evento climático extremo devasta a paisagem natural e desaloja milhares de pessoas. Há dias, a cidade famosa no mundo inteiro por sediar os mais importantes estúdios de cinema arde em chamas – algumas delas com altura superior a 12 metros. Mais de 150 mil pessoas tiveram que deixar suas casas por causa do fogo e cinco morreram. É comum que essa região da Califórnia enfrente incêndios florestais. O problema é que eles têm ficado cada vez mais frequentes, incontroláveis e avassaladores por causa das mudanças climáticas. De acordo com um estudo publicado na revista Science, desde 2020, as queimadas passaram a se espalhar quase quatro vezes mais depressa do que há 20 anos Neste episódio, Natuza Nery conversa com a cineasta brasileira Luiza de Moraes, que mora no bairro que é o epicentro do incêndio em Los Angeles – ela gravou sua entrevista do alto do telhado de uma casa que não fora atingida pelo fogo. Luiza, que vive desde os 7 anos na cidade, relata que teve que deixar sua própria casa depois que as chamas chegaram à vizinhança e tomaram alguns imóveis. Participa também do episódio a jornalista Ligia Modena, que viu de cima o rastro de destruição do fogo: ela voltou a Los Angeles, onde mora há 5 anos, de avião durante o momento mais crítico do desastre.
    10 January 2025, 3:16 am
  • 22 minutes 37 seconds
    A retórica do medo de Trump
    Desde que foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos, Donald Trump sobe o tom gradativamente nas provocações. A mais recente delas foi na própria rede social do republicano, onde publicou a imagem de mapas que dão a entender que o Canadá fora incorporado ao território dos EUA – isso depois de sugerir que o país vizinho deveria se tornar o “51º estado” americano. Não é a única bravata de Trump nesse sentido. Ele diz que os EUA devem recuperar o controle do Canal do Panamá (ponto estratégico que liga os oceanos Atlântico e Pacífico) e insiste na proposta de comprar a Groelândia junto à Dinamarca (trata-se da maior ilha do mundo, rica em recursos naturais). Para viabilizar tudo isso, o presidente eleito colocou as cartas na mesa durante uma entrevista coletiva na terça-feira (7): ameaça usar força econômica, com sanções e tarifas, e não descarta o uso da força militar. Neste episódio, Natuza Nery entrevista Lucas de Souza Martins, professor de História dos Estados Unidos na Universidade Temple, na Filadélfia. Ele traduz quais são os verdadeiros objetivos de Trump na sua estratégia expansionista e analisa como isso move o tabuleiro da geopolítica global.
    9 January 2025, 3:16 am
  • 28 minutes 45 seconds
    O cavalo de pau de Zuckerberg em direção ao trumpismo
    De supetão, o CEO da Meta apareceu em suas redes sociais com um anúncio de peso histórico: a empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp vai se livrar dos checadores de fatos e vai colocar a moderação nas mãos dos usuários, em um modelo parecido como faz o X, a rede social de Elon Musk. No vídeo, Mark Zuckerberg disse que se trata de "um momento de voltar às nossas origens em torno da liberdade de expressão" e falou em pressionar governos que, segundo ele, perseguem empresas americanas para implementar mais censura – num esforço conjunto com Donald Trump, que assume a presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20. O empresário criticou nominalmente a legislação para redes sociais da União Europeia, que, segundo ele, “institucionaliza a censura”, e os supostos “tribunais secretos” de países latino-americanos, que estariam ordenando “retirar coisas silenciosamente” das plataformas. Para explicar a maior mudança nas políticas de moderação na história das redes sociais, Natuza Nery conversa com Pablo Ortellado, professor de gestão de políticas públicas da USP e colunista do jornal O Globo. Na entrevista, Ortellado também analisa a aproximação de Zuckerberg a Trump e como as novas medidas respingam no Brasil.
    8 January 2025, 3:16 am
  • 35 minutes 36 seconds
    Tarifas de ônibus: preço sobe; qualidade, não
    Pelo menos sete capitais do Brasil iniciam o ano com reajustes nas passagens de ônibus. Entre elas, São Paulo, onde a tarifa estava congelada desde 2020, mas que, agora, saltou de R$ 4,40 para R$ 5. As outras seis capitais são: Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA). É de praxe que o aumento das passagens ocorra logo no início do mandato de prefeitos eleitos e reeleitos. E sempre que isso ocorre, as Prefeituras argumentam que é preciso compensar a redução do número de passageiros pagantes, acompanhar a alta no preço do diesel e investir na melhoria dos transportes. Na outra ponta, a dos usuários que dependem diariamente do transporte público, as novas tarifas geram críticas: elas têm impacto alto no orçamento familiar, e o que se vê é que a qualidade do serviço não acompanha a alta dos preços. Para explicar como funciona o orçamento do sistema de transporte e o custo do serviço para a parcela mais pobre da população, Natuza Nery conversa com Léo Arcoverde, repórter da GloboNews. Depois, ela entrevista também o urbanista Roberto Andrés, professor da UFMG e autor do livro "A razão dos centavos: crise urbana, vida democrática e as revoltas de 2013", que avalia os modelos de gestão da rede de ônibus no Brasil, traz exemplos internacionais de cidades bem-sucedidas e aponta o que se pode aprender com os municípios que aplicam a tarifa zero.
    7 January 2025, 3:16 am
  • 28 minutes 31 seconds
    O risco à democracia na segunda Era Trump
    Em 6 de janeiro de 2021, o mundo assistia incrédulo a cenas de vandalismo e selvageria. O cenário era o Capitólio, em Washington, sede do poder administrativo dos Estados Unidos. Centenas de trumpistas invadiram o local para impedir que o Congresso certificasse a vitória eleitoral de Joe Biden. O epicentro da maior crise na democracia americana foi o próprio Donald Trump, que nunca aceitou o resultado das urnas e convocou seus apoiadores para o ato. Houve depredação, confronto com policiais e troca de tiros. Cinco pessoas morreram. Exatamente quatro anos depois, nesta segunda-feira (6), o Congresso se reúne para oficializar a vitória do republicano, que toma posse em 20 de janeiro. Trump volta à Casa Branca com ainda mais poder: depois de radicalizar na campanha eleitoral e ameaçar as instituições, ele derrotou a candidata democrata, Kamala Harris, no voto popular e ainda conquistou maioria na Câmara e no Senado. Para apresentar as perspectivas do segundo mandato Trump, que está montando um gabinete com seus aliados mais leais e já conhece a burocracia do Estado americano, Natuza Nery conversa com Guilherme Casarões, cientista político, professor da FGV-SP e pesquisador do Observatório da Extrema Direita. Ele avalia também o atual status da democracia nos Estados Unidos.
    6 January 2025, 3:17 am
  • 30 minutes 53 seconds
    O ano mais quente da história – até agora
    Em 2015, na França, lideranças de quase 200 países assinaram um tratado histórico por um planeta mais sustentável e com menos fumaça. O Acordo de Paris é o documento que até hoje baliza decisões e parâmetros ambientais para atingir a meta estabelecida há quase uma década: limitar o aquecimento global em até 2°C, mas com esforços para que não ultrapassasse 1,5°C. Em 2024, contudo, ultrapassou. De acordo com o serviço de mudança climática do observatório europeu Copernicus, o ano passado foi o primeiro na história a registrar um planeta 1,5°C mais quente do que na média pré-industrial, de 1850-1900, quando as nações industrializadas começaram a explorar combustíveis fósseis. É sob esse pano de fundo que o republicano Donald Trump volta à Casa Branca, com um discurso ainda mais refratário à pauta ambiental do que em seu mandato anterior – quando chegou a tirar os Estados Unidos do Acordo de Paris. Um cenário desafiador que irá exigir ainda mais do Brasil, especialmente porque é o ano em que o país sediará a COP30, em Belém, no Pará. Para explicar o que significa a superação da marca do 1,5°C no termômetro da Terra e analisar como a conjuntura política e econômica interfere nas pautas ambientais, Natuza Nery entrevista Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP e integrante do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Neste episódio, ele também alerta sobre quais cidades brasileiras podem chegar a quase 50°C e conta o que disse a Lula e aos chefes dos outros Poderes em 2024.
    3 January 2025, 3:16 am
  • 27 minutes 33 seconds
    Congresso em 2025: troca de comando e crise das emendas
    Marcadas para 3 de fevereiro, as eleições para o comando da Câmara e do Senado são mera formalidade. Entre os 513 deputados federais, o atual mandatário, Arthur Lira (AL-PP), construiu uma aliança que vai do PT ao PL e soma mais de 480 votos para o seu indicado: o jovem Hugo Motta (Republicanos-PB). No Senado, o nome de Davi Alcolumbre (União-AP) também reúne um arco de apoio entre governo e oposição para substituir seu aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência da Casa – cargo que já ocupou entre 2019 e 2021. Motta e Alcolumbre terão vida fácil para se elegerem, mas enfrentarão o desafio de comandar um Congresso desorientado, depois que o ministro do Supremo Flávio Dino fechou a torneira do orçamento. No fim de dezembro, ele suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão e mandou a Polícia Federal investigar o destino dos recursos. Para 2025, os repasses só poderão ocorrer caso sigam regras de transparência e rastreamento. “Esse modelo de orçamento secreto extremo está acabando”, avalia o cientista político Fernando Abrucio, que é também professor da FGV-SP, comentarista da GloboNews e colunista do jornal Valor Econômico. Neste episódio, Natuza Nery e Fernando Abrucio analisam a passagem de poder na Câmara e no Senado e projetam como será a relação do Congresso com o Executivo e com o Judiciário sob a nova ordem de liberação das emendas.
    2 January 2025, 3:16 am
  • 32 minutes 32 seconds
    Brain rot: a exaustão que marcou 2024
    Em dezembro, a tradicional divulgação da palavra do ano pelo Dicionário Oxford definiu “brain rot” como a que mais representa 2024. Trata-se de uma expressão que pode ser traduzida como "podridão cerebral" decorrente do uso excessivo de redes sociais e do consumo de conteúdos considerados pouco desafiadores Oxford justifica a escolha com o boom de procura pelo termo na internet: cresceu 230% entre 2023 e 2024, possivelmente por causa da "preocupação com o impacto trazido por tantos conteúdos de baixa qualidade online". Aqui no Brasil, a palavra eleita como a que melhor define 2024 também tem relação com saúde mental: ansiedade recebeu 22% dos votos de uma pesquisa que ouviu mais de 1.500 brasileiros. Para explicar o que significa "brain rot" e como o uso descontrolado redes sociais pode nos levar à exaustão, Natuza Nery entrevista a psicóloga Anna Lucia Spear King, doutora em saúde mental, professora da pós-graduação do Instituto de Psiquiatria da UFRJ e fundadora do Instituto Delete. Natuza conversa também com Suzana Herculano-Houzel, neurocientista na Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. Ela explica como o cérebro humano lida com a sensação de recompensa ao rolar o feed e dá dicas do que fazer para tornar a relação com a tecnologia mais saudável.
    30 December 2024, 3:16 am
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