De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE em 2019, a partir do levantamento de dados feito pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o número de lares chefiados por mulheres mais que dobrou, com crescimento de 105% - o que nos traz o expressivo número de 40,5% das residências do país. É importante ressaltar, ainda, que 11,6 milhões dessas famílias apresentam núcleo monoparental, ou seja, contam somente com a mãe. Reconhecer a importância da força de trabalho das mulheres como fundamental para a manutenção de tantas famílias nos leva a pensar em quantas foram as lutas feministas em prol do acesso delas ao mercado já que, há séculos, é sabido que o ambiente doméstico passou a ser considerado - quase que exclusivamente - o lugar da mulher. Hoje, em meio a vários gritos de “o lugar da mulher é onde ela quiser”, elas continuam encontrando diversos empecilhos e desrespeitos no ambiente trabalhista. Pensar no caminho que já foi percorrido na luta feminista e conhecê-lo é importantíssimo para iluminar o tanto que ainda está por percorrer. É sobre tudo isso que conversamos neste episódio! Bora prosear? instagram.com/bibliotecaemprosa

No ano do centenário de Clarice Lispector não há como não homenageá-la com um episódio do nosso podcast. Nascida na Ucrânia, Lispector veio, ainda bebê, para o Brasil com sua família que fugia da guerra. Clarice viveu com a família em alguns estados da região nordeste até por volta dos 19 anos, quando mudaram-se para o Rio de Janeiro. Casou-se com um diplomata brasileiro e viveu por vários anos viajando pelo mundo até seu divórcio, quando retorna ao Brasil. Dona de uma escrita inovadora, Clarice mistura ao texto em prosa a linguagem poética para construir narrativas que rompem totalmente a linearidade e a noção de início, meio e fim. Utilizando-se de intensos fluxos de consciência, seus temas abordam as experimentações que perpassam cada um nós, conferindo universalidade a suas abordagens. Ler Clarice é intenso, é denso e é delicioso. Falar sobre ela, então, é maravilhoso. Venha prosear com a gente sobre essa escritora que tanto marcou o cenário literário nacional! instagram.com/bibliotecaemprosa

Já ouviram falar que vacina causa autismo? Ou que existe um projeto chinês de, por meio dela, instalar chips para controlar as pessoas? Por um acaso vocês conhecem alguém que acredita que a Terra é plana e apresenta argumentos nessa direção? Parece bizarro, mas a descrença em questões consolidadas vem aumentando. Calcula-se que o número de brasileiro que acreditam na Terra Plana está em 11 milhões, quase o mesmo tanto que São Paulo, cidade mais populosa de toda a América. Esse número expressa a magnitude da situação. O problema é grave também nas ciências humanas, constantemente deslegitimadas por opiniões relativistas, como se qualquer argumento tivesse que ser aceito, fato que desvaloriza os pesquisadores/cientistas que lidam com o tema. No nosso podcast, vamos tecer algumas considerações sobre esse assunto e como ele se relaciona a questões sociais, extrapolando os limites das explicações científicas. Venha participar de nossa prosa! instagram.com/bibliotecaemprosa

Nascido na cidade de Recife - PE, em janeiro de 1920, João Cabral de Melo Neto passou a infância em engenhos de açúcar e cercado por influências literárias: primo, pelo lado paterno, de Manuel Bandeira e, pelo lado materno, de Gilberto Freyre. Nos anos 40, João Cabral vai ao RJ e conhece Murilo Mendes, que é quem vai levá-lo a conhecer Carlos Drummond de Andrade e a participar das reuniões com os grandes intelectuais da época e, em 1945, dá início a sua carreira diplomática a qual vai levá-lo a morar fora do Brasil. Em paralelo à diplomacia, João Cabral desenvolve sua escrita que viria a marcar o cenário da Literatura brasileira. Autor de “Morte e vida severina”, “Educação pela pedra” e “O Rio”, João Cabral foi imortalizado pela Academia Brasileira de Letras em 1968 e é dono de uma poesia de pedra, áspera, dura e pesada - como a vida dos retirantes que aparecem acompanhando o Severino. Mas não pense que, pode ser assim, ele deixa de mostrar uma sensibilidade singular ao tratar desses temas tão concretos. É sobre a escrita do engenheiro da palavra que falaremos hoje. Bora prosear? instagram.com.br/bibliotecaemprosa

Você é daqueles que gostam de ficar vendo vídeos fofinhos de animais domésticos nas redes sociais? Não pode passar a imagem de um gatinho ou um filhotinho de cachorro que você já curte e fica morrendo de amores? Saiba que não é só você. Milhões de brasileiros compartilham esse amor pelos animais domésticos. São quase 140 milhões no Brasil. Pelo menos desde 2013, há mais cachorros do que crianças nos lares brasileiros: de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, as famílias brasileiras possuíam 52 milhões de cães contra 45 milhões de crianças. O Brasil não está isolado nesse dado: o mesmo ocorre nos Estados Unidos. Entretanto, há um lado ainda muito nefasto: um grande número de animais são abandonados ou vítimas de violência. Diante disso, a mobilização para medidas protetivas é uma pauta da sociedade atual, com consequências sociais, econômicas e políticas. Neste episódio do podcast do Biblioteca, vamos examinar a questão mais de perto. Bora prosear? instagram.com/bibliotecaemprosa

A palavra estética tem origem no grego, se traduz por percepção, sensação e sensibilidade e é uma área da filosofia que se encarrega de estudar aquilo que é da natureza beleza e dos fundamentos da arte. E por que, então, há pessoas que não consideram rap como arte - mesmo tendo características da estética em sua composição? As manifestações artísticas são expressão de um grupo social são formas de se colocar no mundo e construir identidade. Além disso, são maneiras de ver o mundo de modo subjetivo e sensível. Nossa discussão vai passar pelo que é da composição artística do RAP, bem como e, talvez até majoritariamente, pelos aspectos sociais que são protagonistas nessas músicas, que são, além de tudo, instrumentos de denúncia e protesto. O Episódio de hoje é sobre os Racionais MCs, Facção Central, Djonga, Baco Exu do Blues, Emicida e tantos outros hoje, falaremos sobre rap e poesia. Bora prosear? instagram.com/bibliotecaemprosa

Você é usuário do SUS? Já adianto: sim. Ainda que você tenha respondido não à pergunta, o SUS vai além de uma consulta médica, pois está presente em vários programas que atendem toda a população, como vacinação, medicamentos ou até mesmo a fiscalização dos restaurantes que você frequenta, com a Vigilância Sanitária. Entender o funcionamento desse complexo sistema de saúde é uma forma de nos atentarmos para a sua importância social e conseguir prosear para além dos problemas existentes. É claro que problemas existem, como em qualquer sistema de alta complexidade, que responde por um país inteiro. Entretanto, entender o SUS possibilita que consigamos olhar para além dos problemas, percebendo toda a dinâmica que envolve esse sistema e, principalmente, a necessidade de que, nós, cidadãos brasileiros, compreendamos a importância de nos incomodar diante do senso comum que diz que o SUS é péssimo e que não é seguro depender dele. Assim, teremos ferramentas para tomarmos posturas mais críticas, analisando todas as questões que fazem desse modelo exemplo para tantas nações. Vem com a gente? Bora prosear! instagram.com/bibliotecaemprosa

As regras, aqueles dias, estar de chico, período, recebendo visita, virou mocinha… É muito provável que você já tenha escutado algumas dessas expressões ou até mesmo outras que são comumente utilizadas para substituir uma palavras que é considerada quase tão feia quanto aquilo que ela nomeia: MENSTRUAÇÃO. Esta, que é uma das etapas do ciclo reprodutivo de uma mulher saudável, é um fenômeno biológico que acontece mensalmente e que faz parte do corpo e da vida de uma mulher. Por que, então, é tão mal visto? Ao longo da história, esse processo natural já foi visto como a expurgação do diabo - o sangue que saía do corpo das mulheres era a prova de que havia nelas algo de maldito, como um demônio. Hoje esse mesmo sangue é alvo de um nojo incompreensível, que faz com que as mulheres deixem de conhecer seus corpos, características, cheiros, cores e texturas. De onde vem essa ojeriza? De onde vem o tabu? É sobre isso que conversaremos no episódio de hoje com a incrível participação de Pollyana Fantini. Bora prosear? instagram.com/bibliotecaemprosa

Em 2018, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) publicou o estudo “Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM)”. Segundo esse estudo, mulheres são apenas 35% dos estudantes dessas áreas. Outros estudos foram desenvolvidos e, a partir deles, há um ponto a ser considerado: grande parte das mulheres são estimuladas a áreas que envolvem o cuidado, enquanto os meninos têm o seu lado criativo incentivado. O que faz com que tenhamos, ainda no século XXI, poucas mulheres em áreas como tecnologia e matemática? Pode parecer que essa questão surge apenas no momento da escolha profissional, mas não. Ela é muito anterior. Vem com a gente para esse debate que aborda questões históricas e reflexos sociais dessa questão. Simbora construir e refletir sobre mais esse tema de relevância e diante do qual ainda temos muito pelo que lutar. Bora prosear? instagram.com/bibliotecaemprosa

O universo drag queen ficou em evidência com o sucesso do reality show “RuPaul’s Drag Race” - que atualmente está na 12ª temporada. Durante os episódios, exibidos semanalmente, as competidoras participam de desafios em que são testadas suas habilidades de canto, dança, costura, humor e personalidade. Neste episódio, falaremos muito disto: drags e arte. As drag queens são personagens super autênticas criadas com muito carisma, singularidade, coragem e talento. Quer conhecer mais sobre toda essa elegância e extravagância? Quer uma conversa que discute sobre o papel político dessa expressão artística, mas não deixa de abordar sobre lipsyncs e vestidos? Então, bora prosear! instagram.com/bibliotecaemprosa

A arte esteve presente ao ser humano desde tempos primórdios. Com usos e funções diferentes em cada época, o fazer artístico comporta uma série de nuances: rituais mágicos para conseguir alimentos, convenções religiosas, exaltação de um estilo de vida, promoção da nobreza, escandalizar, revoltar, trazer à tona aquilo que a sociedade tenta esconder. Essas são algumas de suas características. Nos últimos anos, acompanhamos polêmicas nesse cenário - destaque para "A performance La Bête (A besta)" no MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo) e o Queermuseu no Santander Cultural, em Porto Alegre. Por que esses episódios incomodaram tanto? Quais papéis a arte desempenha nesse cenário atual? Neste episódio de retorno do nosso podcast, a prosa aborda perguntas complexas como essas. Vamos prosear? instagram.com/bibliotecaemprosa